

Publicidade
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O IBOV ganhou força neste pregão após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federa (STF), de suspender o ato do governo que aumentou o IOF e o decreto do Legislativo que derrubou o imposto.
“É uma decisão de positiva a neutra”, pontua o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “Já estava precificado. O Moraes foi bagre, ensaboou. Em teoria, desagradou ao governo ao derrubar o IOF. Ao mesmo tempo, agradou ao governo derrubando a decisão do Congresso. Assim, é neutro”, explica.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Além disso, o feriado do Dia da Independência nos EUA esvaziou os mercados, em dia de liquidez reduzida, enquanto tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, voltaram ao radar. Nesta manhã, o índice de volatilidade VIX chegou a saltar mais de 7% em meio a temores renovados sobre as negociações tarifárias dos EUA antes do prazo de 9 de julho estipulado pelo governo americano. Ao final do dia, no entanto, o VIX recuou e fechou em queda de 1,56% aos 16,38 pontos.
No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje encerrou em alta de 0,37% a R$ 5,4248. O diretor da Correparti, Jefferson Rugik, afirmou que a moeda americana subiu no Brasil devido a compras de importadores e de tesourarias que aproveitam o preço atrativo em dia de baixa liquidez por causa do feriado nos EUA.
Os mercados dos Estados Unidos ficaram fechados nesta sexta-feira (4) pelo feriado do Dia da Independência.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursou no Global Women’s Leadership Award, na Alemanha. Ela reafirmou que “há muita incerteza e imprevisibilidade rondando a economia” e defendeu que os maiores parceiros comerciais europeus “somos nós mesmos”. Na ocasião, Lagarde reiterou o objetivo de alcançar a estabilidade de preços na zona do euro.
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras (PETR3; PETR4) no estado do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele afirmou ser favorável ao fim do uso do combustível fóssil, mas ressaltou que não abrirá mão do petróleo brasileiro para “outros explorarem”.
“Não vou abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem. Quero que façamos da forma mais saudável e responsável possível. Não queremos prejudicar nada, mas não queremos abrir mão da nossa riqueza”, declarou em Duque de Caxias (RJ).
As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa hoje, pressionadas pela cautela com a postura tarifária de Trump. O republicano afirmou que seu governo começará a enviar cartas aos parceiros comerciais nesta sexta-feira com a definição de tarifas de importação unilaterais. A taxação começará a ser aplicada no dia 1º de agosto. “Elas variarão em valor de talvez 60% ou 70% para 10% a 20%”, disse. Trump afirmou que espera anunciar mais alguns acordos comerciais similares ao pacto firmado com o Vietnã.
Já o governo chinês informou que Pequim e Washington aceleraram a implementação do princípio de acordo comercial alcançado em Londres no mês passado. Pequim já concordou em aliviar as restrições às exportações de terras raras em troca de os EUA removerem algumas restrições comerciais à China.
Publicidade
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,48%, a 541,13 pontos. Em Londres, o FTSE 100 ficou estável, a 8.822,91 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,57%, a 23.798,12 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,75%, a 7.696,27 pontos.
Na última quinta-feira (3), o dólar fechou em queda de 0,28% a R$ 5,4050, no menor nível de encerramento desde 24 de junho de 2024, após dados do payroll (relatório oficial de emprego dos EUA). O indicador mostrou a criação de 147 mil empregos em junho.
Já nesta sexta-feira (4), a moeda americana encerrou em alta de 0,37% a R$ 5,4248, enquanto o índice DXY, que compara o dólar com seis divisas fortes, cedia 0,19%, a 96,997 pontos ao final do dia.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda na sessão. Os preços da commodity foram pressionados pelas incertezas sobre as negociações tarifárias em andamento pelo governo americano e pela expectativa de anúncio de um novo grande aumento de sua oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
O contrato do petróleo Brent para setembro caiu 0,73% (US$ 0,50), a US$ 68,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em alta de 0,62%, cotado a 732,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 102,16.
Publicidade
Esses e outros dados do dia ficaram no radar de investidores e impactaram as negociações na Bolsa de Valores brasileira, influenciando o Ibovespa hoje.
*Com informações de Maria Regina Silva, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador