Tarifas americanas geram instabilidade nos mercados e Ibovespa recua

Os mercados internacionais operam de forma instável nesta quinta-feira, refletindo a escalada protecionista dos Estados Unidos. A decisão de Donald Trump de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e de outros países gerou incertezas, com impacto direto sobre o apetite ao risco global. O petróleo recua diante de temores de aumento na oferta da Opep e nos EUA e os juros dos Treasuries e o dólar avançam, com investidores avaliando os possíveis efeitos inflacionários das novas tarifas.

No Brasil, o Ibovespa recua pressionado pela aversão ao risco e pela forte penalização de empresas exportadoras, como Embraer e frigoríficos. A valorização do minério de ferro, no entanto, ameniza as perdas, impulsionando as ações da Vale. O dólar à vista sobe, refletindo a piora na percepção de risco e o IPCA de junho, que veio levemente acima do esperado, ficou em segundo plano diante do cenário externo adverso. Entre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque negativo fica com a Embraer, que chegou a recuar mais de 7% após ser apontada como uma das mais afetadas pela tarifa de 50% anunciada pelos EUA. O setor de frigoríficos também sofre, com quedas expressivas em Minerva e Marfrig. As 13h40 o Ibovespa recuava 0,43% aos 136.893 pontos, o dólar avançava 0,74% ais R$ 5,54 e os contratos de juros futuros (DI) operavam em leve queda.

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