

Por Daniel Rocha
10/07/2025 | 15:19 Atualização: 10/07/2025 | 15:40

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Enquanto o mercado acionário reage à agenda tarifária de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, o bitcoin permanece resiliente a qualquer volatilidade. Às 15h (de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado acumula uma alta de 3,59% nas últimas 24 e rompeu, pela primeira vez, o patamar dos US$ 113 mil. Esse é o segundo recorde histórico do ativo digital em menos de 24h. Na quarta-feira (9), o fôlego do BTC alcançou os US$ 112 mil. Os avanços surgem em função do otimismo global aos ativos de risco, especialmente pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, e do fluxo institucional positivo em direção aos ETFs de bitcoin à vista.
Os números da SoSoValeu, plataforma de dados de criptomoedas, mostram que esses veículos registram uma entrada líquida de US$ 1,18 bilhão. Quanto aos juros, o diretor do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Christopher Waller, afirmou, nesta quinta-feira (10), que a autoridade monetária pode cortar as taxas de juros na reunião de julho, marcada para os dias 29 e 30 de julho. “A tendência no curto prazo para o BTC é de alta, com fundamentos sólidos e momentum positivo. O rompimento recente pode levar o bitcoin a buscar rapidamente os US$ 115 mil e até os US$ 120 mil”, diz Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
O fôlego do bitcoin surge em um momento que os mercados acompanham atentos à agenda tarifária de Trump. Na quarta-feira (9), o republicano anunciou tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros enviados aos EUA. A alíquota é a mais alta divulgada a partir das cartas enviadas pelo republicano aos países desde o início desta semana. As novas taxas entrarão em vigor a partir do 1º de agosto.
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As tarifas contra o Brasil, segundo Trump, são respostas ao tratamento dado pelo País ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas de tecnologia. O argumento e magnitude das alíquotas, no entanto, surpreenderam o mercado que esperava taxas mais baixas, mesmo com as recentes ameaças do republicano ao Brics. Veja os detalhes nesta reportagem.
A expectativa é que, nos próximos dias, o governo americano anuncie novas tarifas para outros parceiros comerciais. “É importante ficar atento à divulgação de novas tarifas e, principalmente, à possível implementação de medidas contra países mais relevantes, como China e União Europeia, o que pode reacender a aversão ao risco”, diz André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research.
*Com informações do Broadcast
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