

Por Daniel Rocha
11/07/2025 | 9:32 Atualização: 11/07/2025 | 12:05

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O dólar hoje dá continuidade às altas na sessão de sexta-feira (11) com o mercado atento à agenda tarifária de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Logo na abertura, por volta das 9h (de Brasília), a moeda americana avançava 0,20%, cotada a R$ 5,5564. Já às 12h (de Brasília), os ganhos chegaram a 0,54%, com o câmbio sendo negociado a R$ 5,573 na venda. Na noite de quinta-feira (10), o republicano anunciou tarifas de 35% sobre os produtos importados vindos do Canadá que são cobradas a partir do dia 1º de agosto.
Para hoje, o mercado fica no aguardo de novas ofensivas do governo americano. A expectativa é de que a União Europeia seja a próxima “vítima” das cartas tarifárias. Paralelo a isso, os investidores brasileiros ficam atentos às possíveis retaliações do governo brasileiro às taxas de 50% sobre os produtos produzidos no Brasil, a maior alíquota anunciada nesta semana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que irá responder às medidas protecionistas de Trump por meio da Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso neste ano. A legislação prevê retaliações e a suspensão de acordos comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual. Contudo, o governo espera responder às ações de Trump em agosto, quando entra em vigor as novas tarifas. Já o presidente americano sinalizou nesta sexta-feira (11) que pode conversar com Lula para negociar tarifas. “Em algum momento posso falar (com Lula), mas não agora”, disse o republicano ao ser questionado pela imprensa.
A valorização do dólar também reflete a repercussão das carta do Banco Central (BC) ao Ministério da Fazenda sobre o não cumprimento da meta de inflação. No entanto, a autoridade monetária não comunicou quando espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado em 12 meses retorne ao centro da meta de 3%. “O Banco Central se manterá atento à evolução das pressões inflacionárias e não hesitará em tomar medidas adicionais, caso julgue apropriado”, diz Gabriel Galípolo, presidente do BC, na carta.
Vale lembrar que, em junho, quando ocorreu a última reunião do BC, os membros do colegiado do Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizaram ao mercado que pretendem interromper o ciclo de alta de juros, com o objetivo de avaliar se o nível da Selic é suficiente para fazer a inflação convergir à meta.
Com informações do Broadcast
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