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O Ibovespa caiu 3,59% na semana, passando de 141.263,56 pontos para 136.187,31 pontos. O principal gatilho para a desvalorização foi o anúncio, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma taxação de 50% a exportações brasileiras. A magnitude da tarifa pegou de surpresa o mercado brasileiro e fez os ativos brasileiros afundarem no negativo. No final, 71 dos 84 papéis que compõem o índice de ações ficaram no vermelho no período.
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“A taxação de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA (prevista para entrar em vigor em 1º de agosto) cria pressão sobre o real com risco cambial e fuga de capital estrangeiro, além de aversão ao risco nos mercados emergentes”, afirma Anderson Kuntzler, planejador financeiro CFP, conselheiro financeiro e especialista em investimentos.
A aversão a risco afetou o dólar, que subiu 2,26% sobre o real na semana, atingindo R$ 5,55. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq também caíram 0,31%, 1,02% e 0,08%, respectivamente. “O cenário muda totalmente para o dólar. É bem provável que nós vejamos agora o dólar novamente mais estressado, em patamares maiores. O Brasil é um dos países que recebe investimento direto dos Estados Unidos, e isso acaba gerando um nível de insegurança muito grande para os investidores”, aponta Danilo Coelho, economista e especialista em investimentos CEA.
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Yduqs (YDUQ3), Azzas 2154 (AZZA3) e Magazine Luiza (MGLU3).
A principal baixa da semana ocorreu nas ações da Yduqs, que cederam 15%, aos R$ 13,88, em meio a aversão a risco provocada pela tarifa anunciada por Trump aos produtos brasileiros.
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A YDUQ3 está em baixa de -15,83% no mês. No ano, acumula uma valorização de 68,86%.
Assim como a Yduqs, a Azzas 2154 foi contaminada pela aversão a risco do período, mesmo não sendo diretamente impactada pela taxação proposta pelo presidente americano. Os papéis cederam 13,17%, aos R$ 35,68.
A AZZA3 está em baixa de -17,02% no mês. No ano, acumula uma valorização de 20,62%.
O Magazine Luiza completa a tríade de maiores baixas, com uma desvalorização de 13,08% nas ações, que fecharam a semana aos R$ 8,04.
A MGLU3 está em baixa de -18,38% no mês. No ano, acumula uma valorização de 27,42%.
As três ações que mais valorizaram na semana foram BRF (BRFS3), Braskem (BRKM5) e Minerva(BEEF3).
Apesar de ter cedido quase 5% nesta sexta-feira (11) em função da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter adiado novamente a assembleia que votaria a incorporação pela Marfrig, as ações da BRF conseguiram se manter em alta de 10,83% no recorte semanal, cotada a R$ 22.
A BRFS3 está em alta de 9,24% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -13,25%.
Os papéis da Braskem dispararam 5,17% na semana, impulsionados pela notícia de que a Câmara aprovou o regime de urgência para um projeto de lei que cria o Programa de Incentivos à Indústria Química Brasileira (Presiq), de incentivo ao setor petroquímico. As ações agora estão cotadas a R$ 9,76.
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A BRKM5 está em alta de 7,61% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -15,72%.
Favorecidas pela alta do dólar, as ações da Minerva acumularam alta de 4,06% na semana, aos R$ 5,38.
A BEEF3 está em alta de 9,8% no mês. No ano, acumula uma valorização de 30,58%.
*Com Broadcast
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