A Moody’s elevou o rating de longo prazo em moedas estrangeira e local da Argentina de CAA3 para CAA1, diante de uma série de reformas econômicas implementadas pelo governo do presidente Javier Milei. A agência também alterou a perspectiva de positiva para estável.
A nova classificação da Argentina reflete a liberalização do câmbio, o arrefecimento dos controles de capital e um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que apoiam a disponibilidade de liquidez e reduzem pressões de financiamento externo. Esses fatores, segundo a agência, diminuem a probabilidade de um evento de crédito negativo.
A Moody’s afirmou que pode voltar a elevar o rating da Argentina se reformas estruturais continuarem a atenuar os desequilíbrios econômicos e fiscais. A nota soberana também pode ser sustentada por um aumento de reservas internacionais induzido por fluxos de moeda estrangeira que não gerem dívida, de acordo com a agência.
“A recuperação econômica e o apoio popular às políticas de ajuste do governo antes das eleições legislativas de meio de mandato em outubro podem conceder ao governo um mandato político mais forte para acelerar a sua agenda de reformas econômicas”, avalia.
Por outro lado, a Moody’s poderia rebaixar o rating se surgirem sinais de pressões na balança de pagamentos ou de escassez de moeda estrangeira. “Choques políticos ou econômicos que comprometam a estabilidade macroeconômica ou causem aumento da volatilidade financeira, interrompendo o progresso feito na estabilização macroeconômica, também podem resultar em um rebaixamento da classificação”, conclui.