B3, a Bolsa de Valores brasileira, tem preço-alvo e recomendação alteradas pelo Santander (Foto: Adobe Stock)
O Santander decidiu rebaixar a recomendação de compra para as ações da B3 (B3SA3) para neutra, com um preço-alvo de R$ 16 ao fim de 2026, substituindo o preço-alvo para o final de 2025 de R$ 15. O novo target representa um potencial de alta de cerca de 17% sobre o último fechamento.
Segundo os analistas do banco, o desempenho positivo do principal índice de ações da B3, o Ibovespa, no acumulado do ano se deve a volumes de negociação fracos, o que deixa espaço limitado para revisões de lucros da companhia para o restante de 2025.
“Embora acreditemos que BDRs [Brazilian Depositary Receipts, título emitido no Brasil que representa uma ação de companhia aberta sediada no exterior], ETFs [Exchange Traded Fund, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação] e fundos listados, que agora representam aproximadamente 15% do volume total de negociação, acima dos menos de 4% anteriores, juntamente com a potencial volatilidade antes das eleições de 2026, possam eventualmente sustentar um aumento no volume médio diário de negociação, não esperamos que isso aconteça no curto prazo”, disseram ainda os analistas do Santander, Henrique Navarro e Anahy Rios, em relatório.
Para o Santander, no melhor cenário, há um potencial de risco de alta de cerca de 8% para o novo preço-alvo de 2026 para a B3. Um potencial semelhante ou até maior pode ser visto nas estimativas para outras empresas do setor financeiro cobertas pelo banco, como BTG Pactual e XP.
Apesar do cenário negativo para o preço-alvo da B3 incluir riscos de compressão de margem e potencial perda de participação de mercado devido ao aumento da concorrência, os analistas, porém, afirmam que continuam acreditando que a companhia deve manter sua posição de liderança.
Os analistas afirmaram ainda que a B3 tem sido a terceira empresa mais ativa no Brasil em termos de recompra de ações, recomprando 1% de seu valor de mercado até junho, a um preço médio de R$ 11,11. Ela também lidera o ranking em 2024, com recompras equivalentes a 5,5% de seu valor de mercado.