

Por Daniel Rocha
28/07/2025 | 9:33 Atualização: 28/07/2025 | 19:20

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O dólar inicia a semana em alta com os mercados repercutindo o acordo comercial fechado entre os Estados Unidos e União Europeia (UE) que fixou as tarifas de 15% sobre as exportações do bloco europeu para o mercado americano. Segundo o presidente americano, Donald Trump, o acordo prevê que a UE vá comprar US$ 750 bilhões em produtos de energia dos EUA e investir US$ 600 bilhões a mais na economia americana nos próximos anos. O dólar fechou com avanço de 0,50%, cotado a R$ 5,5899.
O real foi pressionado nesta segunda-feira desde a abertura pela política tarifária dos Estados Unidos. O dólar ganha força globalmente, após acordo comercial americano com a União Europeia, e outras rodadas de negociação inclusive com a China. E o Brasil não parece estar na lista de prioridades do governo Donald Trump, mesmo com a tarifa de 50% a produtos brasileiros entrando em vigor a partir desta sexta-feira, 1º de agosto. Com mínima a R$ 5,5686 e máxima a R$ 5,6062 pela manhã, o dólar à vista encerrou esta segunda-feira em alta de 0,50%, a R$ 5,5899. Foi a maior cotação desde 4 de junho de 2025. O DXY, índice que mede a moeda americana contra uma cesta de pares fortes subia mais de 1%, aos 98,639 pontos, por volta das 17h20.
“A política tarifária é o centro das atenções do mundo agora. Perspectiva de que os EUA estão saindo, de certa forma, vitoriosos nos acordos em que estão fazendo tende a fortalecer o dólar. Mas o real acaba sofrendo bastante. Estamos vendo bastante esforço do Brasil para negociar com os EUA, mas acabamos sendo deixados de lado pelas autoridades americanas”, comenta o economista Rafael Prado, da GO Associados.
O Brasil aguarda uma sinalização de Trump para conseguir uma negociação sobre as taxas de 50% para as exportações brasileiras que entram em vigor nesta sexta-feira (1º). “A medida, vista como retaliação política, eleva o grau de incerteza sobre o câmbio e as exportações brasileira”, diz Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T XP.
Senados brasileiros tiveram uma primeira reunião de trabalho no sábado, em Washington, em busca de um acordo. Contudo, analistas de mercado consideram difícil o Brasil avançar nas negociações. Já a equipe técnica do governo prepara um plano com medidas para compensar os setores afetados pelas tarifas impostas por Trump. Entre as alternativas estão a criação de linha de crédito e compras governamentais de produtos sem mercado imediato alternativo.
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Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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