Money Week ocorreu nesta sexta-feira (1º) em Balneário Camboriú (SC). Foto: Divulgação/EQI
O sócio fundador da Galapagos Capital, Carlos Fonseca, enxerga a inflação brasileira controlada em 2025 e vê possibilidade de um corte na Selic ainda neste ano. O executivo participou do painel “Os bastidores do dinheiro: o segredo das grandes fortunas” na Money Week, evento que acontece nesta sexta-feira (1º) em Balneário Camboriú.
Apesar do cenário turbulento, com dúvidas sobre o tarifaço de Donald Trump, o entendimento de Fonseca é de que a economia brasileira “está bem comportada”. Outro fator que ajuda são as eleições presidenciais em 2026, que abrem a possibilidade de uma mudança de governo. O executivo acredita que a Selic pode chegar no final do próximo ano em um patamar próximo de 12%.
Sobre as preferências dos investidores atualmente, Fonseca diz que há grande busca pelo Tesouro IPCA+, principalmente por quem está iniciando. O público de alta renda, por outro lado, tem mais apetite a risco, optando por alocações em operações de crédito estruturadas.
Fonseca acredita que os investimentos alternativos, negociados fora dos mercados tradicionais, devem crescer no longo prazo. Segundo ele, um setor que pode ganhar destaque é o de energia, dado o estímulo por parte do governo e de expectativas por novos leilões à frente.
“O mercado de capitais brasileiro ainda está começando. É como se estivesse no nível 2”, diz. “O mercado norte-americano e o europeu, por exemplo, são muito mais amplos”.
Fonseca avalia que o Brasil sempre sofreu com uma alta concentração bancária, com poucos players disponíveis. Agora ele observa que novas casas estão crescendo.
O sócio fundador da Galapagos pondera, no entanto, ser necessário tomar cuidados. “Há muito conteúdo de baixa qualidade circulando nas redes sociais. É essencial buscar casas sérias, que permitam troca de ideias diretas, para realizar um investimento com segurança.”