Após uma sexta-feira (1) de payroll fraco e a renúncia de Adriana Kugler, diretora do Fed, a semana começa com recomposição de preços nos mercados internacionais. Neste contexto, os dados do mercado de trabalho somados à abertura de espaço à entrada de um novo dirigente no banco central norte-americano reforçam a percepção de que a autoridade monetária poderia começar a cortar juros na próxima reunião e ir além, com apostas indicando corte de ao menos 0,5pp ainda neste ano. No entanto, a semana começa com os rendimentos dos Treasuries em alta, ao passo que o dólar recua frente a outras moedas fortes.
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Importa dizer que nesta semana é esperado o início das tarifas recíprocas de Donald Trump, mesmo em meio a negociações com diversos países, o que tende a trazer volatilidade às negociações ao longo dos próximos dias.
Em outros mercados, a cotação futura do minério de ferro mostrou recuperação de quedas recentes e avançou 0,76% em Dalian, cotado ao equivalente a US$ 109,61/tonelada. Já os futuros de petróleo, por sua vez, apagam os leves ganhos vistos mais cedo e cedem mais de 1% após a OPEP+ decidir ampliar a produção de setembro.
No cenário doméstico, com desempenho misto das commodities e viés positivo nas bolsas internacionais, o Ibovespa tende a acompanhar a trajetória dos principais índices globais — mais cedo, o ETF EWZ já sinalizava negociações em terreno positivo.
Ainda assim, os investidores seguirão atentos à temporada de resultados do 2T25, marcada por uma extensa agenda de divulgações corporativas, além de manterem o foco nas tratativas diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Há expectativa de que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump realizem uma conversa telefônica. Além disso, são esperadas novas tratativas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.