Na última sessão, a elétrica informou ao mercado um prejuízo líquido de R$ 1,325 bilhão no segundo trimestre deste ano, revertendo lucro líquido de R$ 1,743 bilhão em relação ao reportado em igual período de 2024. O resultado veio bem abaixo das expectativas de lucro do Prévias Broadcast, que previa lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no intervalo.
Por outro lado, corretoras do mercado brasileiro estão mais otimistas. Para a XP, a empresa apresentou resultados sólidos, com destaque para o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado que superou o esperado em 5%.
“Esse resultado positivo vem após um período de revisões sequenciais para baixo nas expectativas após o primeiro trimestre e um tom mais cauteloso da gestão. Assim, enxergamos qualquer alta nas ações como uma reversão às expectativas anteriores do mercado, e não uma mudança nos fundamentos”, pondera o analista Bruno Vidal da XP.
Na mesma linha, o Citi considerou que o desempenho regulatório se mostrou melhor que o esperado pelo consenso de mercado e dividendos atraentes de R$ 4 bilhões. Deste montante, serão pagos R$ 2,430363372 por ação preferencial de classe A; R$ 1,933479023 por ação preferencial de classe B; e R$ 1,757706425 por ação ordinária e golden share (tipo de ação preferencial que permite a tomada de determinadas decisões por parte de apenas um acionista, ainda que ele seja minoritário).
O que fazer com as ações da Eletrobras após balanço?
A disparada das ações da Eletrobras, apesar do prejuízo bilionário reportado, levanta dúvidas entre os investidores sobre a direção a tomar no pregão desta quinta-feira.
Para isso, a XP sugere a seguinte estratégia: a corretora manteve a recomendação de compra para as ações ordinárias (ON) e preferenciais classe B (PNB) da Eletrobras. Para o papel ON, o preço-alvo é de R$ 50, 27,98% acima do último fechamento; para o PNB, o preço-alvo é de R$ 54, potencial de valorização de 28,57% ante o último fechamento.
*Com informações de Luciana Collet e Vinícius Novais, do Broadcast