A Aeris (AERI3) é uma fabricante brasileira de pás para geradores de energia eólica (Foto: Adobe Stock)
A fabricante de pás eólicas Aeris Energy (AERI3) reportou prejuízo líquido de R$ 174 milhões no balanço do segundo trimestre de 2025. O valor representa uma alta de 5.529,8% em relação a igual período de 2024, quando a perda líquida foi de R$ 3 milhões.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano, houve alta de 84,1% no prejuízo observado. Vale lembrar que no fim do ano passado, a empresa teve três contatos descontinuados, afetando a base de comparação.
Assim, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de abril a junho foi negativo em R$ 18 milhões, revertendo os R$ 70,56 milhões registrados de igual período de 2024. Nos três primeiros meses de 2025, a rubrica havia sido positiva em R$ 11,36 milhões.
A receita líquida no segundo trimestre deste ano ficou em R$ 242,1 milhões, diminuição de 42,7% ante abril a junho de 2024. Em comparação ao reportado de janeiro a março, porém, houve aumento de 15,1%.
Fatores que impactaram no resultado da Aeris
Ainda no segundo trimestre deste ano, a receita de pás eólicas no mercado interno somou R$ 85,4 milhões (redução anual de 78%), enquanto a venda para o mercado externo foi de R$ 94,6 milhões – no mesmo trimestre do ano passado não houve receita vinda do mercado internacional. Já o segmento de serviços da empresa rendeu R$ 43 milhões, alta anual de 28,7%.
Em mensagem para acionistas, o presidente da companhia, Alexandre Negrão, afirmou que o trimestre foi marcado por desafios operacionais.
“Essa piora nas margens reflete o aumento do custo unitário de produção, a menor produtividade das linhas mais antigas e o crescimento acelerado da divisão de Services, que contribuiu para pressionar a margem bruta. Além disso, nas despesas gerais e administrativas a companhia reconheceu R$ 45,1 milhões relacionadas à reestruturação de suas dívidas”, disse.
Em relação às tarifas impostas pelos EUA, na mesma mensagem, Negrão disse que ainda não foram identificados impactos concretos.
“Seguimos com nosso cronograma de produção e sem alterações, monitorando de perto os desdobramentos dessa medida”, completou o presidente da Aeris, após o balanço do segundo trimestre de 2025.