A Petz (PETZ3) teve lucro líquido ajustado de R$ 18,4 milhões no segundo trimestre de 2025. O resultado representa um crescimento de 81,8% ante igual período do ano passado, impulsionado pela combinação de controle de despesas, expansão da margem operacional e melhora nas vendas.
Já o lucro líquido contábil da Petz somou R$ 23,88 milhões, salto de 2.820% sobre os R$ 818 mil de um ano antes. A forte variação, segundo a diretora Financeira (CFO) da empresa, Aline Penna, reflete uma base fraca de comparação e efeitos não recorrentes, como ganhos fiscais e marcações contábeis sem impacto no caixa da companhia.
“O lucro líquido contábil inclui tudo, seja recorrente ou não, mesmo o que não saiu do caixa ou não tem relação direta com a operação”, afirmou Aline, em entrevista à Broadcast, sobre o 2T25 da Petz.
Um exemplo disso é a marcação a mercado de uma dívida em dólar, cujo valor oscila entre os trimestres de acordo com a variação cambial, mas sem impacto no caixa da empresa. Por isso, a operação de swap referente à dívida 4131 resultou em um impacto positivo de R$ 2,5 milhões.
Já a receita líquida de vendas da Petz cresceu 8,5% no comparativo anual, para R$ 887 milhões, enquanto o Ebitda ajustado avançou 39,5%, totalizando R$ 83,5 milhões no mesmo intervalo. A margem Ebitda ajustada foi de 7,8%, alta anual de 1,7 ponto porcentual, puxada principalmente pela diluição de despesas operacionais, que cresceram em ritmo inferior ao das vendas.
Dívida da Petz tem alta anual
“Nós crescemos 8,6% em receita bruta, mas as despesas aumentaram só 4%, o que nos deu gordura operacional”, afirmou Aline.
A Petz encerrou o segundo trimestre do ano com uma dívida líquida de R$ 45,5 milhões, alta de 323,6% ante igual período de 2024. A alavancagem, por sua vez, passou de 0,3 vez para 0,2 vez. Apesar do salto porcentual da dívida, a executiva destacou que o valor absoluto é baixo diante do porte da companhia, que fatura mais de R$ 4 bilhões ao ano, e que a dívida líquida já recuou R$ 30 milhões desde o primeiro trimestre.
Os investimentos totais somaram R$ 29,8 milhões no trimestre, queda anual de 25,4%. Os investimentos na construção de novas lojas totalizaram R$ 4,7 milhões, uma redução de 66,7% ante um ano antes, refletindo a desaceleração no ritmo de expansão e a otimização do valor de capex por loja. “Temos adotado um modelo mais enxuto, com estruturas menores e design mais eficiente, alinhado às novas demandas de consumo”, disse a CFO da Petz (PETZ3).