
Os mercados internacionais operam com viés misto nesta quinta-feira (14), refletindo a surpresa negativa com o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA, que veio acima das expectativas e reacendeu temores inflacionários.
A leitura mais forte do dado reduziu a probabilidade de cortes sucessivos de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), elevando os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) e fortalecendo o dólar.
O petróleo avança com expectativas de sanções à Rússia, enquanto ações de defesa ganham tração na Europa, impulsionadas pela cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o chefe de Estado russo, Vladimir Putin.
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No Brasil, o Ibovespa – o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira – mostra recuperação após uma abertura negativa, influenciado por dados positivos do setor de serviços e entrada de fluxo estrangeiro.
A curva de juros futuros sobe de forma moderada, acompanhando o movimento dos Treasuries, mas a perspectiva de desaceleração da atividade doméstica ainda sustenta apostas em cortes da Selic.
O dólar opera estável, refletindo o equilíbrio entre o cenário externo mais desafiador e a menor liquidez local. Por volta das 13h20, o Ibovespa subia 0,27%, aos 137.062 pontos, enquanto o dólar avançava 0,22%, cotado a R$ 5,41.
Entre os componentes do Ibovespa, os balanços trimestrais seguem como principal catalisador. A Raízen (RAIZ4) lidera as perdas após divulgar prejuízo bilionário, arrastando também a Cosan (CSAN3). Na ponta oposta, Hapvida (HAPV3) avança com números considerados positivos, impulsionados pela retomada comercial e crescimento de vidas.
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Ultrapar (UGPA3) também se destaca com lucro acima do esperado, puxado pela performance da Ipiranga. O setor financeiro lidera os ganhos, refletindo o bom humor externo. Já Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3) recuam, pressionadas por preocupações com fluxo de caixa e queda do minério de ferro, respectivamente.
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