Plataforma da Prio (PRIO3) no campo de Polvo. (Imagem: Prio)
As ações da Prio (PRIO3) recuam forte nesta segunda-feira (18), em queda de 4,48%, cotadas a R$ 37,07 às 12h24, em movimento contrário ao Ibovespa, que avançava 1,11%, aos 137.850 pontos no mesmo horário. A pressão sobre os papéis ocorre após a companhia comunicar ao mercado a interdição do FPSO Peregrino pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo a Prio, a decisão da agência, anunciada na última sexta-feira (15), envolve a necessidade de ajustes na documentação de gestão e análise de risco, além de melhorias no sistema de dilúvio da unidade.
O FPSO, que é um navio-plataforma usado para produzir, armazenar e transferir petróleo, opera atualmente no campo de Peregrino, que também conta com três plataformas fixas.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia explicou que a Equinor, operadora do ativo, iniciou imediatamente os trabalhos necessários para atender às exigências da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O prazo estimado para conclusão é de três a seis semanas.
A Prio, que será a futura operadora do campo, destacou no comunicado que está engajada no processo, apoiando a Equinor.
“Estamos contribuindo com todos os recursos possíveis para a resolução da matéria”, afirmou a empresa.
O Itaú BBA avaliou que a pausa na operação do FPSO pode ter impacto expressivo sobre a geração de caixa da companhia. Os analistas estimam um efeito entre US$ 131 milhões e US$ 262 milhões, dependendo da duração efetiva da interdição.
O mercado reagiu de imediato à notícia, refletindo a preocupação dos investidores com a perda temporária de produção e a incerteza sobre os custos adicionais para atender às exigências regulatórias. Ainda assim, especialistas ponderam que a rápida mobilização da Equinor e o envolvimento da Prio indicam esforços coordenados para mitigar os impactos e retomar a operação o quanto antes.