David Vélez, CEO e fundador do Nubank, vendeu ações da empresa. Foto: Divulgação/Nubank
David Vélez, CEO e fundador do Nubank, vendeu US$ 435,6 milhões em ações da fintech, segundo informações presentes em registros da Securities and Exchange Commission (SEC) – órgão americano equivalente à Comissão da Valores Mobiliários (CVM). A operação foi realizada na última sexta-feira (15), um dia depois da empresa divulgar seu balanço do segundo trimestre. Na data, os papéis da companhia chegaram a subir mais de 15% em Nova York.
Em nota, o Nubank informou que Vélez vendeu 33 milhões de ações Classe A, equivalentes a cerca de 3,5% de sua participação na companhia e a 0,7% do total de ações emitidas pela empresa. “A venda é motivada unicamente por fins de planejamento patrimonial”, destacou ainda.
O executivo tem vendido ações do Nubank esporadicamente. Há um ano, em agosto de 2024, o CEO vendeu 31 milhões de ações da fintech, operação que rendeu perto de US$ 415 milhões. A venda anterior havia sido em agosto de 2023, de 25 milhões de ações, que na época somou o equivalente a US$ 191 milhões.
Balanço do Nubank agrada o mercado
No segundo trimestre de 2025, a empresa alcançou um lucro líquido de US$ 637 milhões, alta de 42% na comparação com igual período do ano passado, livre de efeitos de câmbio. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) foi de 28%. Já o lucro líquido ajustado somou US$ 694,5 milhões, expansão anual de 23,4%. Analistas do mercado concordaram que os resultados vieram sólidos, como mostramos nesta matéria.
Após a divulgação do balanço, o Itaú BBAelevou a recomendação do Nubank para outperform (equivalente à compra), com um novo preço-alvo de US$ 18 para o final de 2026. Em relatório, o banco destacou que as preocupações iniciais em relação à rentabilidade dos cartões e ao ciclo de crédito local diminuíram.