Veja a operação nas bolsas de NY hoje
(Foto: Adobe Stock)
As bolsas de Nova York abriram sem direção única nesta terça-feira (19), enquanto investidores acompanham desdobramentos da reuniões em Washington sobre a guerra na Ucrânia e reagem aos primeiros balanços de grandes varejistas dos EUA, incluindo a Home Depot. Dow Jones avança nesta manhã.
Investidores repercutem indicadores econômicos nos Estados Unidos. As construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos subiram 5,2% em julho ante junho, ao ritmo anualizado de 1,428 milhão, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Comércio nesta terça-feira. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço de 0,3% no período.
Também ficam no radar o noticiário corporativo. A ação da Intel (ITLC34) subia mais de 6,4% no pregão, um dia após o japonês SoftBank anunciar investimento de US$ 2 bilhões na fabricante de chips americana.
Já as ações da Home Depot avançavam 2,5% depois de a varejista reafirmar projeções anuais, embora tenha apresentando balanço trimestral pior do que o esperado.
EUA e Ucrânia avançam em diálogo sobre guerra
Sem detalhar plano, Trump fala em ajuda à Ucrânia e possível reunião com líderes russo e ucraniano. (Foto: Adobe Stock)
O presidente americano, Donald Trump, ofereceu ajuda e garantias de segurança à Ucrânia, para evitar que a Rússia retome a guerra no futuro, mas não disse quais seriam.
Nas redes sociais, após a reunião, Trump escreveu ter iniciado os preparativos para um encontro entre Zelenski e o presidente russo, Vladimir Putin, – e, posteriormente, uma reunião trilateral entre os dois e Trump. “Após as reuniões, liguei para Putin e comecei a organizar uma reunião, em local a ser definido, entre ele e Zelenski. Depois, teremos uma reunião trilateral, que incluirá os dois, além de mim”, disse.
Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que as conversas foram positivas e abordaram questões sensíveis como garantia de segurança. Ele afirmou também estar pronto para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin.
Nesta manhã, Trump afirmou que a Ucrânia não será parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas que haverá alguma forma de segurança para o país. Ao ser questionado sobre possíveis garantias de segurança dos EUA, Trump disse que elas possivelmente serão por via aérea.
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O presidente americano ainda ressaltou a possibilidade de seu homólogo russo, Vladimir Putin, não querer fazer um acordo para encerrar o conflito com a Ucrânia e mencionou que “parte do problema” é a falta de comunicação do Kremlin com a Europa.
S&P reafirma ratings dos EUA, com perspectiva estável
A S&P Global reafirmou os ratings(avaliação que mostra o risco de crédito) soberanos AA+ de longo prazo e A-1+ de curto prazo dos EUA, mantendo perspectiva estável, na última segunda-feira (18).
Em comunicado, a agência de classificação de risco aponta que o governo Trump conseguiu aprovar seu projeto de lei fiscal, sete meses depois de assumir o poder, e continua reformulando o regime de comércio internacional dos EUA.
A S&P também prevê que, com o aumento efetivo de tarifas, a “significativa” receita com tarifas compensará de modo geral os resultados fiscais mais fracos ligados à nova legislação, que estabelece tanto cortes quanto aumentos de impostos e gastos.
A perspectiva estável, por sua vez, reflete a expectativa da S&P de resiliência da economia dos EUA, assim como “execução plausível e eficaz da política monetária” e “déficits fiscais altos, mas não crescentes”.
Dólar recua ante moedas fortes
O dólar hoje opera em baixa ante outras moedas de economias desenvolvidas nesta terça-feira, devolvendo parte dos ganhos de ontem, enquanto investidores avaliam as reuniões de Washington para superar o conflito entre Rússia e Ucrânia.
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Já ante o real, a moeda americana renovou a máxima no mercado à vista, a R$ 5,4715 (+0,68%). O mercado de câmbio se ajusta à desaceleração do o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – após o aumento das construções de moradias nos EUA em julho em ritmo anualizado acima da previsão, enquanto as permissões para novas obras caíram.
Além disso, o dólar sobe frente ao peso mexicano também, por conta da queda dos preços do petróleo e o minério de ferro cedeu nesta terça-feira de agenda escassa de indicadores e liquidez ainda reduzida, afirma Jefferson Rugik, diretor da corretora Correparti.
Como as bolsas de Nova York afetam o Ibovespa?
É comum que investidores olhem para o exterior em busca de sinais sobre o rumo do mercado brasileiro. O desempenho das bolsas de Nova York, por exemplo, pode influenciar diretamente o ritmo do pregão no Ibovespa. Leia a reportagem completa.
“O Ibovespa costuma andar na contramão quando há uma agenda interna forte no Brasil, seja positiva ou negativa, por exemplo, se o Congresso aprova uma reforma importante ou se o Banco Central sinaliza uma redução de juros por aqui, o mercado local pode reagir bem, mesmo se o exterior estiver ruim”, explica Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos.
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No entanto, isso não é uma regra. Os movimentos dos mercados brasileiros e americanos costumam ir na mesma direção, mas com algumas exceções, dependendo do contexto.
Às 10h43 (de Brasília), entre as bolsas de Nova York, o Dow Jones subia 0,38%, o S&P 500 recuava 0,02% e o Nasdaq tinha perda de 0,39%.