Após negar rumores de investimento, Petrobras derruba ações da Raízen e da Cosan, entre as maiores quedas do Ibovespa. (Foto: Adobe Stock)
As ações da Raízen (RAIZ4) operam em forte queda nesta terça-feira (19), recuando 8,70% e sendo cotadas a R$ 1,05 às 13h32. O movimento ocorre após a disparada de 10,58% registrada na véspera, quando o mercado reagiu à notícia de que a Petrobras poderia estar interessada em investir na companhia.
A controladora Cosan (CSAN3), que também havia avançado 5,29% ontem, perde hoje 5,37%. Juntas, Raízen e Cosan lideram as maiores baixas do Ibovespa, que opera em queda de 1,83%, aos 134.808 pontos.
A euforia do mercado foi alimentada por reportagem de O Globo, que apontava que a Petrobras teria na mesa estudos sobre diferentes possibilidades de investimento na Raízen, desde a compra de ativos até uma eventual sociedade.
Fontes do setor consultadas pelo jornal reforçavam que a estatal estaria avaliando caminhos para expandir sua atuação no segmento de etanol e distribuição de combustíveis.
O rumor, no entanto, foi rapidamente desmentido. Em nota oficial divulgada ontem (18), a Petrobras afirmou:
Não há qualquer projeto ou estudo de investimento em etanol ou distribuição com a Raízen, joint venture entre Cosan e Shell.
A companhia reiterou ainda que sua estratégia no setor deve seguir as diretrizes já anunciadas: “Conforme divulgado em 07/08/2025, o posicionamento da Petrobras em distribuição deve observar as disposições contratuais vigentes”.
Além disso, a estatal fez questão de frisar que todas as suas decisões de investimento seguem critérios técnicos e rígidos padrões de governança.
“As decisões sobre investimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”, destacou a empresa.
Ao encerrar a nota, a Petrobras ressaltou: “Pelo exposto, as informações divulgadas na matéria não procedem e, portanto, não caracterizam Fato Relevante”.
O desmentido não apenas reverteu a escalada das ações da Raízen e da Cosan, mas também levou analistas a revisarem suas projeções.
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O Citi, por exemplo, rebaixou a recomendação para os papéis da Raízen (RAIZ4) de “compra” para “neutra”, fixando preço-alvo em R$ 1,30. Segundo o banco, o forte rali da véspera já teria incorporado expectativas de que, diante da negativa da Petrobras, não encontram respaldo no curto prazo.