

O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (21) em queda de 0,23%, aos 136.790 pontos. Investidores ficam atentos a novo acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, além da ofensiva tarifária de Donald Trump ao Brasil.
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O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (21) em queda de 0,23%, aos 136.790 pontos. Investidores ficam atentos a novo acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, além da ofensiva tarifária de Donald Trump ao Brasil.
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O mercado também acompanha o Simpósio de Jackson Hole, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e o aumento da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026.
O tom é de cautela nos mercados internacionais, com parte das bolsas no vermelho antes de Jackson Hole e em meio a dados de atividade do Índices de Gerentes de Compras (PMIs) dos Estados Unidos. Em Nova York, os índices futuros de ações recuam.
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Nesta manhã, investidores acompanham o acordo comercial firmado por EUA e a União Europeia (leia mais abaixo). Washington reiterou o teto tarifário de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, mesma alíquota para automóveis e peças de automóveis.
No principal índice da B3, o clima pode ser de cautela por causa do humor no exterior, em meio a dados de arrecadação de julho, que devem melhorar na margem. As commodities favorecem a recuperação do índice, com o minério de ferro em alta de 0,98% e o petróleo subindo cerca de 0,40%.
O mercado brasileiro de ações olha também a pesquisa Genial/Quaest, que mostra o presidente Lula avançando em todos os cenários de segundo turno e oscilando para cima contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
No câmbio, o dólar hoje abriu em alta de 0,30%, negociado a R$ 5,4895, seguindo a valorização da divisa americana no exterior.
Os EUA e a União Europeia anunciaram nesta quinta-feira a estrutura para um acordo comercial e tarifário. Em comunicado publicado pela Casa Branca, é destacado que o “esboço” consolidará a relação comercial e de investimento entre as partes e revigorará a reindustrialização das economias envolvidas.
“(O esboço) reflete o reconhecimento, pela UE, das preocupações dos EUA e nossa determinação conjunta em resolver nossos desequilíbrios comerciais e liberar todo o potencial de nosso poder econômico combinado”, diz o comunicado.
Pelo que foi acertado, o bloco europeu deve eliminar tarifas sobre todos os produtos industriais americanos e fornecer acesso preferencial ao mercado para uma ampla gama de frutos do mar e produtos agrícolas dos EUA. Washington, por sua vez, reiterou o teto tarifário de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, mesma alíquota para automóveis e peças de automóveis.
A guerra híbrida deflagrada pelo governo Trump contra o Brasil, que mistura uma ofensiva no lado comercial e também no institucional, segue como principal assunto doméstico.
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a orientação do presidente Lula é de que o Brasil insista na negociação com os EUA diante do tarifaço de 50% aplicado sobre produtos brasileiros, mas reconheceu a dificuldade de diálogo.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o Judiciário não tem poder de interferir em conflitos internacionais. Para o presidente do Conselho da Open Society, Alex Soros, as tarifas e sanções impostas contra o Brasil são uma tentativa de interferência no regime político brasileiro.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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