O custo da cesta básica registrou queda em 15 das 27 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento mostra que, apesar de alguns alimentos ainda pressionarem o orçamento das famílias, o preço médio dos itens essenciais teve recuo em diferentes regiões do país.
De acordo com a mais recente edição da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, conduzida pelo Dieese em parceria com a Conab, 15 capitais apresentaram queda no custo médio dos produtos essenciais.
Quais regiões com menor custo da alimentação básica?
As cidades com os menores valores médios da cesta estão localizadas majoritariamente nas regiões norte e nordeste.
Os menores preços foram registrados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69), refletindo padrões de consumo locais e menor custo de alguns itens específicos.
Queda nos preços de produtos essenciais
Itens amplamente consumidos pelas famílias brasileiras registraram uma redução significativa. O arroz teve retração em quase todas as capitais, com exceção de Recife, com destaque para a queda em Porto Velho (-7,1%) e Palmas (-5,2%).
O feijão também apresentou redução em 24 das 27 capitais, especialmente nas variedades preta e carioca. Já o café em pó teve recuo em 21 cidades, com destaque para Belo Horizonte (-8,1%) e Teresina (-3,9%).
Capitais com maior recuo no valor da cesta
As 15 capitais que registraram as maiores reduções no preço da cesta básica em julho foram:
Aracaju
Maceió
Salvador
Porto Velho
Palmas
Florianópolis
Belo Horizonte
Teresina
Vitória
Fortaleza
Curitiba
Campo Grande
Belém
Rio de Janeiro
João Pessoa
Esses recuos estão relacionados à queda dos preços de itens essenciais em suas composições.
Apesar da retração no mês de julho, os dados acumulados do ano indicam alta nos preços em todas as 17 capitais onde a pesquisa era aplicada anteriormente. As variações vão de 0,37% em Goiânia a 11,41% em Recife.
Ainda assim, o trabalhador com salário mínimo comprometeu, em média, 50,94% da renda líquida para adquirir a cesta básica em julho, ligeiramente menos do que em junho, quando o índice era de 51,13%.