Oi (OIBR3) despenca 10% com adiamento de balanço e proposta de grupamento de ações
Papéis da operadora chegaram a cair mais de 13% nesta quinta (28), em meio ao novo atraso na divulgação de resultados e à expectativa pela AGE que votará o grupamento
Ações da OI (OIBR3) caem mais de 11% após novo adiamento de balanço e anúncio de proposta de grupamento. (Foto: Adobe Stock)
Hoje (28), as ações da Oi (OIBR3) registram forte queda de 10%, cotadas a R$ 0,54 por volta das 14h17, em um movimento que refletiu tanto o adiamento da divulgação de resultados quanto a expectativa em torno da proposta de grupamento de ações. No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,85%, aos 141.783 pontos, o que reforça a leitura de que a companhia segue pressionada por fatores específicos.
Em comunicado, a Oi informou que seu conselho de administração aprovou a submissão de proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias e preferenciais à Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para 29 de setembro.
A medida, segundo a empresa, busca:
Ajustar a cotação dos papéis a um valor igual ou superior a R$ 1,00 por ação, ampliar o interesse de investidores institucionais e recompor a liquidez por meio da recolocação em bolsa das ações resultantes de frações detidas por acionistas inativos.
Caso seja aprovada, o capital social da Oi (OIBR3), hoje dividido em 330,1 milhões de papéis, passará a ser composto por 13,1 milhões de ações, sendo 13,08 milhões ordinárias e 56,5 mil preferenciais. Todas permanecerão nominativas e sem valor nominal.
No caso das American Depositary Shares (ADSs), a companhia explicou que as unidades representativas das ações ordinárias não passarão por grupamento, mas terão a paridade ajustada, de forma que cada ação local corresponda a cinco ADSs ON.
Já as ações preferenciais seguirão o mesmo modelo de grupamento adotado no Brasil, também equivalendo a cinco ADSs PN.
Quanto tempo o investidor tem para os ajustes?
Se aprovada em assembleia, a mudança dará aos acionistas um prazo de pelo menos 30 dias para ajustar suas posições em múltiplos de 25 ações por espécie, por meio de negociações na B3.
A partir do primeiro pregão subsequente ao encerramento desse período, os papéis já serão negociados na forma grupada.
O balanço que nunca chega
Paralelamente, a empresa também anunciou um novo adiamento na divulgação de seus resultados do segundo trimestre.
O balanço, inicialmente previsto para 14 de agosto, foi transferido para este dia 28 e, agora, para 4 de setembro. A Oi explicou:
O primeiro adiamento decorreu, principalmente, de eventos relacionados ao pedido de aditamento do plano de recuperação judicial, o que demandou prazo adicional para a divulgação do Formulário de Informações Trimestrais referente a 30 de junho de 2025.
Apesar do atraso, a companhia afirmou que o trabalho de elaboração do balanço do período “já foi finalizado” e que “os procedimentos de auditoria foram substancialmente concluídos”.
Com a sucessão de adiamentos e a expectativa em torno da AGE, as ações da Oi (OIBR3) chegaram a recuar mais de 13% ao longo da manhã, liderando as perdas do mercado.