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- O BTG Pactual elevou suas projeções para o dólar ao fim de 2021 e 2022, depois dos movimentos da moeda em março em decorrência da deterioração "substancial" do cenário doméstico
(Reuters) – O BTG Pactual elevou suas projeções para o dólar ao fim de 2021 e 2022, depois dos movimentos da moeda em março em decorrência da deterioração “substancial” do cenário doméstico e do quadro mais favorável à economia norte-americana, e alertou que, num cenário de maior gasto público e forte alta do risco-país, a cotação poderia terminar o ano em 6,40 reais.
A taxa de 6,40 reais seria alcançada num cenário em que o custo fiscal adicional para financiar gastos de combate à pandemia ficasse entre 200 bilhões de reais e 300 bilhões de reais, o que poderia levar o CDS de cinco anos a 550 pontos-base.
A PEC Emergencial aprovada em março liberou recursos de até 44 bilhões de reais para o pagamento da nova rodada de auxílio emergencial neste ano. O CDS do Brasil estava em 221 pontos-base nesta quinta-feira.
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Mas no cenário-base do BTG o dólar fecha o ano em 5,40 reais, acima dos 5,20 reais previstos antes.
Dentre os fatores locais que ditaram piora no sentimento e motivaram a revisão dos números estão agravamento da pandemia, maiores riscos fiscais e percepção de maior intervencionismo na economia –esta desencadeada pela troca de comando da Petrobras.
“O principal risco negativo para o nosso cenário de câmbio é uma sinalização de deterioração adicional das contas públicas do país”, afirmou o banco em nota.
O BTG citou como elementos de piora no cenário eventual decretação do estado de calamidade e/ou de abertura indiscriminada de créditos extraordinários para custear gastos ou programas similares aos de 2020. Isso “aumentaria o risco país e depreciaria a moeda doméstica”, disseram os analistas.
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Mesmo com as novas projeções embutindo um cenário pior, elas ainda apontam queda do dólar até o fim do ano, visto que a moeda estava em cerca de 5,60 reais nesta quinta. Essa perspectiva de baixa é explicada pelo banco a partir do controle da pandemia no Brasil –que segundo o BTG vai ajudar a diminuir o risco-país–, do aumento da Selic para 5,00% (a taxa está atualmente em 2,75%) e dos maiores preços de commodities no mercado internacional.