

As bolsas de Nova York apagaram os ganhos da abertura e fecharam em queda nesta sexta-feira (5). Dow Jones mostrou a maior baixa entre os índices de ações nesta tarde.
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As bolsas de Nova York apagaram os ganhos da abertura e fecharam em queda nesta sexta-feira (5). Dow Jones mostrou a maior baixa entre os índices de ações nesta tarde.
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Investidores seguiram digerindo a possibilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano após o relatório de relatório de empregos (payroll) de agosto, aquém do esperado, levantar preocupações com o mercado de trabalho americano.
Para a reunião deste mês, a aposta em redução das taxas é de quase 100%, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group. A dúvida é quanto aos próximos passos. “O que todo mundo quer saber é se em outubro e dezembro também poderá haver cortes”, diz Alison Correia, analista de investimentos e sócio da Dom Investimentos.
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Pressionando os índices, os setores bancário e energético amargaram as maiores perdas. Morgan Stanley (-1,62%), Citi (-1,73%), JPMorgan (-3,11%) e Goldman Sachs (-1,43%) recuaram. Com queda no petróleo, a Chevron (-2,56%) e a ExxonMobil (-2,82%) também cederam.
O dólar hoje e os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) também caíram, após o principal relatório dos EUA (payroll) mostrar criação de empregos bem abaixo do esperado e alta na taxa de desemprego.
O mercado reagiu ao relatório de emprego, conhecido como payroll dos EUA, de agosto ainda sob o baque dos desdobramentos do levantamento de julho, que custou uma ruidosa troca no Departamento de estatística do Trabalho (BLS) diante de dúvidas sobre a qualidade dos dados. O relatório também convenceu o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, a mudar o tom do discurso para passar a indicar alívio monetário.
A economia dos Estados Unidos criou 22 mil empregos em agosto, em termos líquidos, segundo relatório publicado hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam criação de 0 a 104 mil vagas, com mediana de 76 mil.
Ao mesmo tempo, o dado de julho foi revisado de 73 mil para 79 mil e o de junho, de criação de vagas (14 mil) para fechamento (-14 mil). A taxa de desemprego ficou em 4,3%, conforme o previsto, enquanto os salários avançaram um pouco mais do que o esperado.
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Para André Valério, economista sênior do Inter, o dado de hoje garante o corte na taxa de juros pelo Fed na reunião de setembro.
“Tendo em vista os dados bem fracos de emprego nos últimos meses, é provável que se veja uma discussão de corte de 50 pontos base. Se optarem por 25 pontos base é possível que o comitê se comprometa com uma sequência de cortes”, diz Valério.
O especialista ainda ressalta que a divulgação da inflação de agosto, medida pelo CPI, na próxima quinta-feira (11), terá importância para determinar a intensidade e frequência dos cortes. “Caso vejamos uma inflação contida, a probabilidade 3 cortes até o fim do ano volta a ganhar força. Por ora, mantemos a expectativa de cortes na reunião de setembro e dezembro”, completa.
Ao final do dia, Dow Jones caiu 0,48%, S&P 500 recuou 0,32% e Nasdaq teve queda de 0,03%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – cedeu 0,59%, a 97,768 pontos.
*Com informações de Sergio Caldas, Patricia Lara e Thais Porsch, do Broadcast
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