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Os mercados operam com certa cautela, apesar da expectativa unânime de que o Fed cortará o juro básico norte-americano. A dúvida é se Jerome Powell dará pistas sobre os próximos passos da política monetária americana, em um momento de forte pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por reduções adicionais dos juros.
“O mais importante não é o corte, mas sim o que o Jeremy Powell vai falar. A expectativa é por um direcionamento sobre se teremos corte em outubro, corte em dezembro”, avalia Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos.
Por aqui, ativos brasileiros podem perder parte do otimismo recente, diante da expectativa de corte de juros nos EUA. Ainda ficam no radar a possível candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a desaprovação do governo Lula.
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O Índice Bovespa hoje ainda pode passar por uma realização de lucros. Ontem, o indicador da B3 renovou máxima e fechou aos 144.061,74 pontos, enquanto o dólar terminou abaixo de R$ 5,30, pressionando os juros futuros.
No câmbio, o dólar hoje opera em alta ante outras moedas de economias desenvolvidas. Já em relação ao real, a moeda americana beira estabilidade, com leve alta de 0,03%, negociado a R$ 5,2997.
Em paralelo, as commodities hoje enfrentam perdas, com o minério de ferro em baixa de 0,12%, na China, enquanto o petróleo cai 0,30% nesta manhã.
Investidores acompanham atentos a mais uma Superquarta, dia em que os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil anunciam suas decisões de política monetária.
O Federal Reserve deve cortar os juros pela primeira vez desde dezembro de 2024. O mercado espera o BC americano reduza taxas de juros em 0,25 ponto porcentual, levando para o intervalo de 4% a 4,25%.
Enquanto isso, no mercado brasileiro, a expectativa é unânime: o Copom deve manter a Selic em 15% ao ano na reunião de hoje, segundo o Projeções Broadcast. O mercado leva em conta as sinalizações da autoridade monetária de que a taxa básica de juros deverá permanecer elevada por “período prolongado”. Mas o quão prolongado será esse período é objeto de discussão entre analistas.
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No áudio a seguir, Fabricio Tonegutti, especialista em direito tributário pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia a manutenção prevista da Selic nesta quarta-feira.
O Fed divulga sua decisão de juros nos EUA às 15h, seguida de coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell. No final da tarde, o Copom divulga sua decisão de política monetária.
A aprovação sobre o governo Lula ficou estável em setembro, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. O levantamento aponta que 51% dos entrevistados desaprovam a gestão, enquanto 46% aprovam e 3% não souberam ou não responderam, patamares iguais aos registrados pela pesquisa em agosto.
A pesquisa também aponta que 50% dizem que o governo do presidente Lula está pior do que esperava em setembro, ante 45% em maio. Para 21%, está melhor, ante 16% no levantamento de maio. Não sabem ou não responderam 2%, ante 3%.
Ainda, a amostra aponta que a maioria dos brasileiros apoia a postura do presidente Lula em temas de política internacional. De acordo com a pesquisa, 64% afirmam que o governo acerta ao defender a soberania nacional diante de Trump, em meio ao tarifaço imposto contra o Brasil. Para 26%, Lula erra, enquanto 10% não souberam ou não responderam.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Maria Regina Silva e Paula Dias, do Broadcast
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