

O Ibovespa hoje reduziu o ritmo de alta após renovar máxima histórica, superando os 146.330,90 pontos visto ao longo de quarta-feira (17). Às 10h53 (de Brasília), subia 0,13%, aos 145.694 pontos, após alcançar a máxima de 146.398,76.
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O Ibovespa hoje reduziu o ritmo de alta após renovar máxima histórica, superando os 146.330,90 pontos visto ao longo de quarta-feira (17). Às 10h53 (de Brasília), subia 0,13%, aos 145.694 pontos, após alcançar a máxima de 146.398,76.
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O movimento acontece em sintonia com a valorização dos índices de ações em Nova York, onde o índice Nasdaq renovou máxima intradia após a abertura.
Ao mesmo tempo, a agenda esvaziada aqui e no exterior, bem como o vencimento de opções sobre ações, ainda abre espaço para volatilidade. O contraponto é a alta de 0,81% do minério de ferro, na China, onde à noite haverá decisão sobre juros. Já o petróleo opera em baixa, em torno de 0,30%.
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Além disso, o avanço de 0,43% do dólar hoje, a R$ 5,3297, e dos juros futuros impõe cautela ao indicador.
Na Bolsa, ainda, o tom austero do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (17) tende a reverberar. Ontem, o Ibovespa fechou em baixa de 0,06%, aos 145.499,49 pontos, em meio a sinais de que o Copom pode não cortar a Selic em 2025, após manter a taxa em 15% ao ano na quarta-feira.
No mesmo dia, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, conforme o esperado, indicando mais duas reduções neste ano. A queda pode estimular capital externo dos EUA para o Brasil, mas os riscos locais impõem cautela.
“Podemos ver nova apreciação do Ibovespa por conta do capital externo, mas não devido ao investidor doméstico”, avalia Tales Barros, líder de renda variável da W1 Capital. Segundo ele, o investidor do Brasil foca mais na possibilidade de Selic elevada por um período prolongado. “O espaço para corte da Selicp está apertado, mas sempre há imprevisto. Porém, a brecha é baixa”, completa Barros.
Investidores ainda aguardam uma conversa telefônica entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, sobre questões comerciais e o TikTok.
As bolsas de Nova York avançam moderadamente, após recordes na véspera na esteira do recuo dos juros pelo Fed, e as bolsas europeias operam sem direção única. Na Ásia, o sinal foi de baixa.
Investidores ainda digerem as decisões de juros desta semana, que hoje inclui a do banco central na China, onde há expectativa pela decisão da taxa básica de juros para empréstimos (LPRs) de 1 e 5 anos. Contudo, há sinais de que o Banco Popular da China, o banco central chinês, não tem pressa para cortes após ontem manter a taxa de recompra reversa de 7 dias em 1,4%.
O mercado ainda aguarda uma conversa telefônica entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, sobre questões comerciais e o TikTok. A conversa ocorre um dia após Canadá e México prometerem aprofundar os laços comerciais bilaterais.
“Eu vejo grande valor no Tiktok. Os investidores na unidade americana do TikTok estão entre os maiores investidores. Ela será de propriedade exclusivamente de investidores totalmente americanos”, diz Trump.
Durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, Trump afirmou que os EUA receberão uma “taxa” no acordo do TikTok. “Estamos fazendo isso em conjunto com a China, mas estamos recebendo uma tremenda ‘taxa extra’, eu chamo de taxa extra, apenas por viabilizar o acordo”, disse, sem entrar em detalhes.
No Japão, o banco central do país, o BoJ, deixou suas taxas inalteradas, mas surpreendeu com planos de reduzir seu estoque de ETF (fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação), refletindo em fortalecimento do iene ante o dólar hoje.
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Já os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) longos estendem ganhos.
O desempenho morno visto no pré-mercado de ações em Nova York e a queda do petróleo podem limitar ou mesmo impedir alta do Índice Bovespa hoje, na esteira do minério de ferro.
O tom conservador do Banco Central (BC) ainda pode continuar ecoando nos mercados, que ontem levou a uma leve realização de lucros do principal índice da B3, alta dos juros e do dólar. Após a decisão de manter a Selic em 15% ao ano, na quarta-feira (17), o mercado só vê queda da taxa em 2026.
Além do comportamento dos ativos externos, o mercado de dólar e de juros futuros ainda vai monitorar o noticiário político sobre a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) da Blindagem e o projeto da Anistia, além de renovadas preocupações fiscais sobre a dívida pública.
Depois das decisões de juros nos últimos dias em vários países – Estados Unidos, Brasil, Inglaterra e Japão –, o Ibovespa hoje acompanha a divulgação das taxas de referência da China, em dia de agenda esvaziada de indicadores no mundo. Investidores, porém, monitoram os impactos de uma conversa telefônica entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) em um acordo sobre o TikTok.
Na capital federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com a alta representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança e vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, e a embaixadora da União Europeia (UE) no Brasil, Marian Schuegraf.
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Ainda na agenda econômica hoje, a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de São Francisco, Mary Daly, fala em evento.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o Ibovespa hoje.
*Com informações de Maria Regina Silva e Luciana Xavier, do Broadcast
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