Volume administrado por gestoras cresce 7,1% no 1º semestre de 2025 e alcança R$ 540,3 bi, revela Anbima, com ganhos em renda fixa, variável e fundos imobiliários. (Imagem: Adobe Stock0
O volume administrado pelas casas de gestão de patrimônio alcançou R$ 540,3 bilhões ao final do primeiro semestre de 2025, uma alta de 7,1% em relação ao fechamento de 2024. O número de instrumentos de investimento – como fundos de investimento e carteiras administradas – também cresceu no período, passando de 35.560 para 37.957 (+6,7%). Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).
“Os gestores se apoiaram em uma estratégia de diversificação para contornar os desafios das conjunturas econômicas doméstica e internacional, com avanços importantes tanto na renda fixa quanto na renda variável“, disse Tatiana Itikawa, superintendente de Representação da Anbima, em nota.
Arenda fixa cresceu 9,4%, totalizando R$ 245,5 bilhões. Com isso, a fatia destinada a essas aplicações nas carteiras dos gestores manteve-se praticamente estável, passando de 44,5% para 45,4%. Entre os destaques estão os títulos incentivados, que, no conjunto, avançaram 15,6%, somando R$ 67,3 bilhões.
Na contramão, os fundos de renda fixa tiveram um leve recuo de 1%, para R$ 58,9 bilhões. A retração dos certificados de depósitos bancários (CDBs) foi de 3,5%, totalizando R$ 11,5 bilhões. Já as debêntures tradicionais terminaram junho com R$ 10,6 bilhões, queda de 11,4% em relação ao fechamento de 2024.
Um destaque positivo do semestre foi a previdência privada, que cresceu 12,7%, totalizando R$ 16,5 bilhões, ou seja, 3% do volume total.
Demais classes
Concentrando 33,1% do montante administrado pelos gestores, a renda variável teve alta de 10,1%, chegando a R$ 178,9 bilhões. Os destaques foram os fundos de ações, que cresceram 7,3% e chegaram a R$ 79,8 bilhões, e as ações, que registraram avanço de 17,4%, para R$ 69,3 bilhões.
“Com clientes mais acostumados à volatilidade do mercado de ações, os gestores aproveitaram o bom momento do Ibovespa, que, no primeiro semestre, subiu mais de 15% e entregou boa rentabilidade“, afirma Itikawa.
Os fundos de investimento em participações (FIPs) registraram alta de 2,5%, somando R$ 29,4 bilhões, enquanto as aplicações em fundos cambiais cresceram 27,7%, para um total de R$ 154,4 milhões.
Já os instrumentos híbridos recuaram 4,8%, para R$ 94,9 bilhões, o que corresponde a uma fatia de 17,6% do montante administrado. O resultado foi puxado pelos fundos multimercados, que terminaram o semestre em R$ 66,6 bilhões, queda de 11,9% na comparação com o fechamento do ano passado.