Mercados em alta: tecnologia impulsiona bolsas e Câmara aprova reforma do Imposto de Renda
Acordo que torna a OpenAI a startup mais valiosa do mundo reforça otimismo nos mercados, enquanto Nasdaq renova máximas e Congresso brasileiro aprova mudanças no Imposto de Renda
Ações de tecnologia impulsionam o Nasdaq a novos recordes, em meio ao otimismo com a inteligência artificial e a valorização da OpenAI. (Foto: Adobe Stock)
As ações de tecnologia impulsionam os principais mercados acionários a novas máximas históricas, em meio ao entusiasmo com a inteligência artificial (IA). O otimismo foi reforçado após um acordo elevar a OpenAI à condição de startup mais valiosa do mundo. Nesse cenário, o índice Nasdaq caminha para o quinto pregão consecutivo de alta.
O impasse político nos Estados Unidos, que resultou na primeira paralisação do governo em quase sete anos, até agora mostra impacto limitado sobre os investidores.
Fora das bolsas, o dólar segue em queda frente às principais moedas, enquanto os rendimentos dos Treasuries se estabilizam, após forte recuo na véspera com a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).
Já os contratos futuros do petróleo acumulam o quarto dia consecutivo de baixa, depois de despencarem 7% em apenas três sessões, em meio ao receio de que a Opep+ restaure parte da oferta ociosa em sua reunião marcada para o próximo fim de semana.
Na Ásia, os mercados da China continental permanecem fechados devido ao feriado da Semana Dourada, interrompendo, por exemplo, a divulgação das cotações spot do minério de ferro em Dalian.
No Brasil, o destaque fica para a aprovação, por unanimidade, do projeto que altera o Imposto de Renda (IR). A medida isenta contribuintes que ganham até R$ 5 mil por mês e cria uma alíquota adicional para rendimentos tributáveis acima de R$ 600 mil por ano.
Na prática, o projeto estabelece um patamar mínimo de 10% de IR, que deve afetar cerca de 141,4 mil pessoas físicas que hoje pagam, em média, apenas 2,5% sobre a soma de seus rendimentos – incluindo lucros e dividendos.
Vale destacar que o presidente da Câmara, Arthur Lira, ampliou a lista de rendas passíveis de dedução, incluindo receitas obtidas com títulos do agronegócio, do setor imobiliário e dividendos cuja distribuição tenha sido aprovada até 31 de dezembro deste ano.