Odete Roitman é vivida por Débora Bloch no remake de 'Vale Tudo' (Foto: TV Globo/Reprodução)
Odete Roitman, a icônica vilã de Vale Tudo, construiu uma fortuna impressionante que, no remake de 2025, soma pelo menos R$ 240 milhões. Grande parte desse patrimônio vem de itens de luxo que simbolizam seu poder e status: um jato particular de tamanho médio, avaliado em cerca de R$ 160,5 milhões, que demonstra não apenas riqueza, mas também influência e liberdade de movimento; e o prédio corporativo da TCA, sua empresa, localizado no Centro do Rio de Janeiro, com valor estimado entre R$ 50 milhões e R$ 79 milhões, que reforça sua posição como líder no mundo dos negócios.
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Além desses ativos, Odete recebe R$ 15,36 milhões por ano como CEO da TCA, o que garante uma renda mensal de aproximadamente R$ 1,28 milhão. Somam-se a isso os imóveis de alto padrão, incluindo apartamentos no bairro Glória, no Rio, e em Paris, além de carros e outros bens de luxo que, embora não tenham valor exato divulgado, contribuem significativamente para a composição de sua riqueza.
A carteira de Odete não é apenas um reflexo de ostentação; ela também é central para a narrativa da novela, especialmente no que diz respeito à herança.
A matriarca tem três filhos – Heleninha, Afonso e Leonardo – mas a situação se complica porque Leonardo foi considerado morto por anos. A reintrodução do herdeiro “fantasma” exige ajustes legais complexos, incluindo a atualização do inventário e a redefinição da distribuição dos bens.
Segundo a legislação brasileira, metade do patrimônio deve obrigatoriamente ir para os herdeiros necessários, enquanto a outra metade pode ser distribuída conforme o testamento da falecida.
Combinando luxo, poder corporativo e intrigas familiares, a fortuna de Odete Roitman é ao mesmo tempo símbolo de status e motor das tensões que movimentam a trama de Vale Tudo.
Mas, fora da ficção, quantos brasileiros realmente conseguem investir e construir patrimônio? De acordo com o boletim trimestral de Pessoa Física da B3, atualmente há mais de 100,2 milhões de CPFs com investimentos em renda fixa, totalizando R$ 2,8 trilhões sob custódia – um crescimento de 23% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Na renda variável, o número de investidores também segue em alta: passou de 5,1 milhões para 5,4 milhões em 2025, um avanço de 5% em um ano. O valor em custódia nesse segmento cresceu de R$ 552,3 bilhões para R$ 588,3 bilhões, uma variação de 7% entre o segundo trimestre de 2024 e o de 2025.
Esses números mostram que, embora acumular uma fortuna como a de Odete Roitman pareça cenário de novela, o interesse dos brasileiros por investimentos e educação financeira está crescendo, um sinal de que cada vez mais pessoas buscam transformar suas próprias histórias de dinheiro, poder e herança em tramas com finais felizes.