Após leilão de ativos, a CelgPar deve ser encerrada. Estatal goiana fica apenas com pequenas hidrelétricas e usinas solares, que devem ser repassadas ao Estado ou União. (Imagem: Adobe Stock)
Após acertar a venda de participações acionárias em diversos ativos de geração e transmissão, em leilão realizado na tarde desta sexta-feira, 03, em São Paulo, a estatal goiana Celg Participações (CelgPar) deve avançar para o seu encerramento, conforme indicaram o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e seu secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
Sem os ativos negociados hoje, a empresa ficará apenas com duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e quatro usinas fotovoltaicas, sendo três de sua propriedade e uma em regime de Parceria Público Privada (PPP).
Segundo Lima, que também assumiu a presidência da CelgPar a partir de hoje, a tendência é de que os ativos hidrelétricos sejam devolvidos à União, enquanto os fotovoltaicos devem ter a propriedade transferida para o Estado, uma vez que hoje atendem o consumo de órgãos públicos. “O valor de mercado delas [as usinas fotovoltaicas] talvez não seria relevante, porque não têm a liberdade de comercializar como ela quiser, porque têm um contrato com o Estado de fornecimento de energia para redução de custos de energia”, disse.
No caso das PCHs, a CelgPar terá de negociar com o Ministério de Minas e Energia a devolução das usinas. Um dos ativos, a PCH Rochedo, está localizada em Piracanjuba (GO), tem 4 megawatts (MW) e sua outorga vence apenas em 2046. Já a PCH São Domingos, localizada em município de mesmo nome, tem 12 MW e opera sob portaria e não tem prazo de concessão.
O secretário evitou dar um prazo para a conclusão desse processo. Ele lembrou que, além de resolver a situação dos ativos de geração remanescentes, a empresa também deverá repassar ao Estado ativos imobiliários hoje detidos pela estatal.