Os destaques do mercado financeiro e Ibovespa hoje. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa futuro abriu esta quarta-feira (8) em alta de 0,16%, aos 141.820 pontos. As atenções do mercado estão na votação da medida provisória (MP) alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos plenários da Câmara e do Senado. Lá fora, a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ganha destaque.
As Bolsas de Valoresinternacionais avançam à espera da ata do Fed e falas de diretores. O documento pode reafirmar o quadro dividido no banco central dos EUA e reforçar incertezas quanto ao ciclo total de quedas de juros.
Odólar hoje tem alta ante outras moedas fortes, enquanto o ouro opera em nível recorde. No câmbio, a moeda americana opera praticamente estável, com leve alta de 0,01% sobre o real, negociada a R$ 5,3497 na venda.
No Brasil, os ativos podem se recuperar após um dia ruim, com o Índice Bovespa hoje beneficiando-se da alta do petróleo (0,80%) e dos futuros de Nova York. O minério de ferro, por sua vez, segue sem operação na China devido a um feriado nacional.
O mercado brasileiro também repercute a nova pesquisa Genial/Quaest sobre o governo Lula.
Ibovespa futuro: os destaques desta quarta-feira (8)
Cautela fiscal permanece após avanço da MP do IOF no Congresso
O quadro fiscal enseja cautela, após a aprovação apertada da MP alternativa ao aumento do IOF em comissão mista do Congresso ontem. A MP, que aumenta o Imposto de Renda (IR) sobre rendimentos financeiros de 17,5% para 18% e mantém o tributo de bets inalterado, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado para não expirar.
A proposta original visava arrecadar R$ 10 bilhões este ano e R$ 20 bilhões em 2026, mas foi reduzida após pressão dos setores afetados. O relator, deputado Carlos Zarattini, diz que as alterações diminuem a arrecadação em R$ 3 bilhões em 2026, mas economistas acreditam que o impacto pode ser maior. A aprovação da MP nos termos atuais pode, no entanto, resultar em uma arrecadação ligeiramente maior para o governo.
Aprovação de Lula cresce após encontro com Trump
A avaliação positiva do governo Lula subiu segundo a pesquisa Genial/Quaest. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no melhor patamar desde janeiro, quando houve a crise do Pix, seguida do escândalo do INSS e do tarifaço americano às exportações brasileiras.
De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, a gestão do petista é aprovada por 48% dos entrevistados e desaprovada por 49%. Ambos os percentuais oscilaram no limite da margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. A aprovação em setembro era de 46% e, a desaprovação, de 51%. Em janeiro, os índices eram 47% e 49%, respectivamente.
Publicidade
Além disso, a pesquisa indica que a maioria dos brasileiros considera que o presidente Lula saiu politicamente fortalecido após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Para 49% dos entrevistados, Lula ganhou força após a aproximação com o mandatário norte-americano. Outros 27% avaliam que ele ficou “mais fraco”, enquanto 10% dizem que sua posição permaneceu a mesma. Já 14% não souberam ou não responderam.
A Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro. O nível de confiança é de 95%.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
Publicidade
*Com informações de Maria Regina Silva e Silvana Rocha, do Broadcast