• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Entre o gesto e a engrenagem: o que realmente muda após a ligação Lula–Trump

Conversa direta entre presidentes reduz intermediários políticos e abre espaço para negociações tarifárias

Por Thiago de Aragão

08/10/2025 | 14:21 Atualização: 08/10/2025 | 14:21

Receba esta Coluna no seu e-mail
Lula e Trump em videoconferência: gesto político simbólico abre diálogo direto sobre tarifas. (Foto: Adobe Stock)
Lula e Trump em videoconferência: gesto político simbólico abre diálogo direto sobre tarifas. (Foto: Adobe Stock)

A videoconferência de cerca de 30 minutos entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump abriu uma janela política mais ampla do que parecia no noticiário do dia.

Leia mais:
  • Possível condenação de Bolsonaro amplia tensão com EUA e põe Banco do Brasil no centro das sanções
  • Do aço ao café: quem ganha e quem perde com as tarifas dos EUA no Brasil
  • Potências econômicas e fundos de investimento em Land Bridge: como este estreito da Tailândia virou peça-chave da geopolítica global
Cotações
08/10/2025 20h27 (delay 15min)
Câmbio
08/10/2025 20h27 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Do lado visível, houve cortesia e a mensagem de “vamos nos dar muito bem”; do lado estrutural, a conversa reposiciona interlocutores, prioridades e cronogramas, sem eliminar as travas institucionais que governam tarifas e investigações de comércio.

O que realmente muda após a ligação Lula–Trump

1. O efeito colateral doméstico: o “canal obrigatório” perde exclusividade

Ao falar diretamente com Lula, Trump enfraquece a tese cultivada por setores bolsonaristas de que Eduardo Bolsonaro seria o interlocutor incontornável Brasil–EUA. A abertura de um canal presidencial direto sempre rebaixa intermediários políticos, sobretudo quando há promessa explícita de discutir tarifas e agenda econômica em conversas futuras. Isso reduz o valor de veto (e de agenda) do clã do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesse tabuleiro.

2. O paradoxo Rubio: chanceler forte, alçada limitada

A nomeação de Marco Rubio como secretário de Estado trouxe um perfil assertivo para a política externa, inclusive no dossiê Brasil, vide sua defesa de medidas punitivas.

Porém, a negociação tarifária não nasce no Departamento de Estado: é pilotada pelo USTR (United States Trade Representative). Se Trump sinaliza abertura para tratar de tarifas, o operador técnico é Jamieson Greer (USTR) e, na região, Daniel Watson (USTR hemisfério).

Publicidade

Isso produz uma tensão orgânica: Rubio pode não aplaudir um “degelo econômico” rápido com Brasília, coerente com seu histórico, mas terá de atuar como ponte entre o Itamaraty e a dupla técnica quando o assunto for tarifário.

3. O que realmente estava em jogo na ligação: tarifas como símbolo, 301 como processo

Para Brasília, o objetivo é aliviar o choque da sobretaxa imposta, que já respingou em café, carnes e siderurgia. Para Washington, tarifas viraram instrumento de política macro, com efeitos projetados para 2026. Mesmo com um “sinal de boa vontade” presidencial, mexer na alíquota é decisão que precisa caber dentro da moldura legal vigente e do clima político da Casa Branca. A ligação gera narrativa, mas não substitui rito.

4. Expectativas assimétricas: tema contínuo no Brasil, intermitente nos EUA

No Brasil, tarifas viram assunto de alta frequência, como emprego, câmbio, exportações. Nos EUA, a pauta é intermitente: divide espaço com outros temas (Gaza, China, eleições, imigração). Isso implica cadência desigual de atenção e resposta. A diplomacia brasileira precisa calibrar expectativas para evitar sensação de promessa descumprida quando a pauta americana mudar de foco.

5. O relógio da Seção 301 não é o relógio da política

A investigação da Seção 301 sobre políticas do Brasil tem trilha própria: consulta formal, audiência pública, prazos de comentários e eventuais medidas. Esses processos costumam levar muitos meses.

Mesmo que o presidente deseje um gesto rápido nas tarifas, qualquer arranjo durável precisará encaixar-se no cronograma da 301 ou, no mínimo, não colidir com ele. A fotografia da ligação não altera imediatamente a película do procedimento.

6. O papel do Itamaraty e a nova geometria de canais

Se a conversa presidencial desloca intermediários domésticos, ela também obriga a burocracia brasileira a operar em múltiplos eixos: político (Rubio/State), técnico (Greer/Watson/USTR) e financeiro-sancionatório (Tesouro/State) ainda em ebulição por conta de litígios. A costura precisa isolar o dossiê comercial da lógica sancionatória, e vice-versa, sob pena de um contaminar o outro.

7. O que é plausível esperar (e o que é ilusão útil)

  • Plausível: retomada de diálogo técnico imediato entre MDIC/Itamaraty e USTR, inclusive com pedidos de exclusões ou “pause” calibrado em subsetores sensíveis (alimentos, aço), enquanto a investigação da Seção 301 da Lei do Comércio segue seu rito.
  • Ilusão: imaginar que Rubio “fechará” um pacote tarifário por si. Se houver gesto econômico, virá modulado por Greer/Watson e condicionado à política doméstica americana.
  • Risco real: contaminação da pauta comercial por litígios político-judiciais bilaterais (sanções e reações), que têm lógica e atores distintos.

8. Implicação estratégica para o Brasil

A fala direta com Trump foi um destravador político, útil para reduzir ruído e tirar exclusividades intermediárias. Mas o desfecho concreto depende de uma diplomacia de engenharia fina: separar comércio de sanções, trabalhar o timing da Seção 301, oferecer vitórias setoriais que caibam na moldura America-First e manter a narrativa de que o Brasil é superavitário para os EUA. Nesse desenho, as conversas de alto nível abrem a porta; quem gira a maçaneta é o USTR.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Donald Trump
  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
  • tarifas comerciais

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Câmara derruba MP que criaria IR de 18% para investimentos e JCP

  • 2

    De maior alta da B3 em 2024 à cotação abaixo de R$ 1: o que está acontecendo com a Ambipar (AMBP3)?

  • 3

    O prejuízo dos investidores que aportaram milhares de reais em COE da Ambipar com XP e BTG

  • 4

    Os melhores FIIs para investir em outubro, segundo 7 bancos e corretoras

  • 5

    Dólar cai quase 15% em 2025: ainda vale dolarizar a carteira? Descubra formas simples de ter renda passiva mensal e trimestral

Publicidade

Quer ler as Colunas de Thiago de Aragão em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Aplicativo do banco fora do ar? Saiba quais medidas tomar
Logo E-Investidor
Aplicativo do banco fora do ar? Saiba quais medidas tomar
Imagem principal sobre o Benefício de gás gratuito: quem recebe Auxílio Gás continua com o valor?
Logo E-Investidor
Benefício de gás gratuito: quem recebe Auxílio Gás continua com o valor?
Imagem principal sobre o Qual a diferença entre Ibovespa e Bovespa?
Logo E-Investidor
Qual a diferença entre Ibovespa e Bovespa?
Imagem principal sobre o Tirar CNH pode ficar mais barato? Entenda projeto
Logo E-Investidor
Tirar CNH pode ficar mais barato? Entenda projeto
Imagem principal sobre o Quem tem direito ao vale-creche de R$ 1.000? Descubra
Logo E-Investidor
Quem tem direito ao vale-creche de R$ 1.000? Descubra
Imagem principal sobre o Reprodução assistida pós-morte: filhos podem herdar bens dos pais?
Logo E-Investidor
Reprodução assistida pós-morte: filhos podem herdar bens dos pais?
Imagem principal sobre o Tarifa Zero: como funciona o programa que dá passagem grátis para entrevistas de emprego
Logo E-Investidor
Tarifa Zero: como funciona o programa que dá passagem grátis para entrevistas de emprego
Imagem principal sobre o O que acontece se empregadores não regularizarem FGTS de trabalhadores domésticos em outubro?
Logo E-Investidor
O que acontece se empregadores não regularizarem FGTS de trabalhadores domésticos em outubro?
Últimas: Colunas
Quanto custava comer no Jamile, restaurante com menu assinado por Henrique Fogaça
Quanto custa?
Quanto custava comer no Jamile, restaurante com menu assinado por Henrique Fogaça

Teto do restaurante Jamile, na Bela Vista, desabou e deixou uma vítima; casa assinada por Henrique Fogaça cobrava até R$ 164 por prato

08/10/2025 | 17h26 | Por Quanto custa?
Grande Transferência de Riqueza: trilhões de dólares estão mudando de mãos – e o que isso significa para você
Yuri Freitas
Grande Transferência de Riqueza: trilhões de dólares estão mudando de mãos – e o que isso significa para você

Uma das maiores movimentações de capital da história deve movimentar cerca de US$ 84 tri nas próximas décadas e mudar o perfil dos investidores

07/10/2025 | 14h02 | Por Yuri Freitas
Reforma Tributária: veja o que muda em nossa rotina diária
Samir Choaib
Reforma Tributária: veja o que muda em nossa rotina diária

Novo modelo de impostos sobre consumo promete simplificar, mas ainda levanta dúvidas sobre alíquotas, transição e impacto no dia a dia

05/10/2025 | 09h30 | Por Samir Choaib
Fraude virou ciência: como escapar de golpes que usam a sua mente
Ana Paula Hornos
Fraude virou ciência: como escapar de golpes que usam a sua mente

Do WhatsApp ao drink adulterado, golpes cada vez mais sofisticados mostram que a confiança virou alvo

04/10/2025 | 09h30 | Por Ana Paula Hornos

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

Logo do 'News E-Investidor'

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão e com os Termos de Uso.

Obrigado por se inscrever! A partir de agora você receberáas melhores notícias em seu e-mail!
notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador