7 em cada 10 brasileiros acreditam em melhora financeira até o fim de 2025; veja as Regiões mais otimistas e pessimistas(Foto: Adobe Stock)
Quase sete em cada dez brasileiros (68,7%) acreditam que sua situação financeira pode melhorar até o fim de 2025, segundo pesquisa realizada pelo PiniOn, empresa especializada em dados competitivos e comportamentais. O resultado indica que o otimismo ainda resiste, mesmo em um cenário marcado por contenção de gastos, endividamento e instabilidade econômica.
A maioria dos entrevistados (44,1%) classifica sua situação financeira atual como “regular”, enquanto apenas 9,3% afirmam viver uma condição “muito boa”. Já 23,7% avaliam sua realidade como “ruim” ou “muito ruim”. A região Sudeste, responsável por metade do PIB nacional, concentra a maior percepção negativa, enquanto Centro-Oeste e Nordeste se destacam entre os que dizem viver uma condição “muito boa”.
“Essas disparidades regionais evidenciam que o sentimento econômico vai além dos grandes indicadores. Mesmo em áreas mais desenvolvidas, há uma sensação de pressão sobre o orçamento familiar, o que mostra a complexidade da recuperação econômica”, avalia Talita Castro, CEO do PiniOn.
O otimismo é mais forte entre os jovens de 18 a 24 anos (40,7%), mulheres (34,6%), classe B (36,2%) e moradores da região Norte (38,2%). Entre os que esperam melhora, 32,2% têm certeza disso, enquanto 36,5% acreditam que “provavelmente vai melhorar”. Apenas 8,6% esperam alguma piora.
Alimentação e pagamento de dívidas lideram as prioridades
A pesquisa revela que o brasileiro pretende concentrar seus gastos, sobretudo, em alimentação (49%), quitação de dívidas (31,9%) e saúde e bem-estar (27,3%).
“Os dados mostram que, no planejamento familiar, certas despesas deixam de ser apenas prioridades e passam a ser questões de sobrevivência. A alimentação, por seu caráter essencial, e o esforço em quitar dívidas refletem a tentativa das famílias de manter o básico e reorganizar suas finanças diante das necessidades mais urgentes”, explica Talita.
O levantamento foi realizado em julho de 2025, com 1.563 entrevistados, utilizando amostragem aleatória simples (AAS). A pesquisa, de caráter quantitativo, contou com amostra representativa da população brasileira por sexo, faixa etária, classe social e região.
As faixas etárias consideradas foram de 18 a 24 anos, 25 a 34 anos, 35 a 44 anos e 45 anos ou mais. A profissão não foi incluída entre os recortes nem no questionário.
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A coleta de dados ocorreu em 15 de julho de 2025. Por meio do painel com 3 milhões de usuários, foi possível obter uma amostra nacional representativa em poucas horas.