A falta de verba foi um dos motivos da suspensão do Programa de Gestão de Benefícios (PGB). Imagem: Adobe Stock.
A fila de espera por benefícios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode enfrentar um novo agravamento. A preocupação surgiu após a suspensão do Programa de Gestão de Benefícios (PGB), iniciativa voltada à redução do número de solicitações acumuladas. Com o fim temporário do incentivo à produtividade dos servidores, cresce o risco de um novo aumento nas filas, que já vinham em trajetória de alta.
A paralisação do PGB foi confirmada por meio de ofício assinado pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, de acordo com a Agência Brasil. Segundo o documento, a principal causa é a ausência de verba no orçamento para manter o pagamento por produtividade aos servidores e peritos. Para retomar o programa, o INSS aguarda a liberação de R$ 89,1 milhões em crédito suplementar, ainda sem previsão de aprovação.
Efeitos imediatos e retorno à rotina padrão
Com a suspensão, diversas ações foram interrompidas. Processos que estavam sendo analisados em ritmo acelerado, sob regime especial, voltam agora à fila. Agendamentos fora do expediente padrão foram suspensos e o volume de novos atendimentos pode ser afetado. Sem o incentivo extra, o ritmo de processamento tende a seguir o fluxo habitual.
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Fila de espera por benefício pode aumentar?
Dados internos mostram uma tendência de crescimento no número de pedidos pendentes. Em 2023, o estoque era de cerca de 1,5 milhão. Esse número subiu para 2,6 milhões em agosto de 2025 e atingiu 2,7 milhões em março deste ano.
Crise estrutural e impacto da greve
Além da suspensão do programa, o INSS ainda lida com os efeitos da greve de médicos peritos, que durou 235 dias e impactou diretamente a análise de benefícios que dependem de avaliação médica. O acúmulo de demandas e a instabilidade orçamentária expõem a fragilidade do sistema.