Vista aérea dos prédios administrativos da Prefeitura do Rio de Janeiro, na região central da capital fluminense.
Crédito: Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio de Janeiro
Um dos principais pontos de disputa entre bancos e a Ambipar (AMBP3) na busca da empresa por proteção das suas dívidas, a decisão sobre o foro de ajuizamento da recuperação judicial ganhou um capítulo próprio no processo apresentado nesta terça-feira (21). A Ambipar diz que a escolha da Justiça do Rio se justifica por ser a região de maior atividade do negócio.
Além de juntar fotos de uma sede da companhia no bairro de Botafogo, no Rio, os advogados detalham que a capital fluminense concentra clientes com faturamento de R$ 300 milhões, superior ao apurado pelas operações em São Paulo (R$ 70 milhões) e Nova Odessa (menos de R$ 2 milhões), no interior de São Paulo, local de origem do grupo.
Na petição, a empresa reconhece que São Paulo é base de uma das “maiores sedes administrativas” do grupo, onde ficam a holding e a diretoria, mas argumenta que isso não tem influência sobre a decisão de competência.
“Os critérios trazidos pelos bancos para tentar deslocar a competência para a cidade de São Paulo não servem para demonstrar o local onde as Requerentes possuem maior atuação e geração de riquezas. Por outro lado, o grupo Ambipar comprovou que possui, no Rio de Janeiro, números muito maiores de faturamento, receita operacional, lucro e contratos – assim, maior volume de negócios”, afirma a empresa no processo.
Para sustentar o argumento, a Ambipar (AMBP3) mostra gráficos que indicam que o Rio tem um peso de 81% no faturamento e 88,6% no lucro.