Segundo dados da B3 enviados ao E-Investidor, este representa o 17º recorde do índice em 2025 e a primeira vez na história que o fechamento do mercado atinge o patamar de 147 mil pontos. Para Hênio Scheidt, gerente de Produtos na Bolsa, o resultado reflete a confiança dos investidores. “O Ibovespa, como principal termômetro do setor, contribui para tomadas de decisões, o dinamismo e a vitalidade da nossa economia”, afirma.
Confira todos os recordes nominais ocorridos nos fechamentos do mercado deste ano:
| Índice |
Data |
|
| IBOV |
13/05/2025 |
138.963,11 |
| IBOV |
15/05/2025 |
139.334,38 |
| IBOV |
19/05/2025 |
139.636,41 |
| IBOV |
20/05/2025 |
140.109,63 |
| IBOV |
03/07/2025 |
140.927,86 |
| IBOV |
04/07/2025 |
141.263,56 |
| IBOV |
29/08/2025 |
141.422,96 |
| IBOV |
05/09/2025 |
142.640,14 |
| IBOV |
11/09/2025 |
143.150,84 |
| IBOV |
15/09/2025 |
143.546,58 |
| IBOV |
16/09/2025 |
144.061,74 |
| IBOV |
17/09/2025 |
145.593,63 |
| IBOV |
19/09/2025 |
145.865,11 |
| IBOV |
23/09/2025 |
146.424,94 |
| IBOV |
24/09/2025 |
146.491,75 |
| IBOV |
27/10/2025 |
146.969,10 |
O índice recuperou fôlego hoje puxado pela aceleração das ações de primeira linha – como a Vale (VALE3/+0,88%), com a alta do minério de ferro, além de alguns grandes bancos, em meio à safra de balanços. O petróleo Brent, por sua vez, recuou 1,65%. Já o dólar caiu 0,2% no mercado doméstico de câmbio, a R$ 5,3597.
Em evento nesta manhã, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a licença para a Margem Equatorial já inclui o pedido dos três poços contingentes. Disse que o plano de negócios será divulgado em 27 de novembro. Já quanto à Vale, o presidente da mineradora, Gustavo Pimenta, afirmou que a empresa continua construtiva sobre a demanda de ferro.
Além disso, os investidores monitoraram as notícias de Brasília. Nesta manhã, o deputado federal Juscelino Filho (União-MA), disse que voltará a discutir com a Fazenda, ainda hoje, sobre contenção de gastos.
Investidores aguardam ainda a próxima reunião do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder chinês, Xi Jinping, na quinta-feira (30), que pode resultar em um novo acordo comercial entre os países.
Trump confirmou o encontro com o seu homólogo chinês na quinta-feira, e disse que a reunião “correrá bem”, em discurso nesta terça-feira, em jantar com empresários no Japão. Na ocasião, o republicano elogiou a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, a primeira mulher a ocupar o cargo no país.
O mercado operou nesta terça às vésperas da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Espera-se que o banco central dos EUA reduza as taxas em 0,25 ponto porcentual, pela segunda vez consecutiva.
“Há um certo otimismo lá fora por conta da reunião EUA e China e também expectativa de corte pelo Fed”, descreve Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital.
Além da redução esperada para esta quarta-feira, André Valério, economista sênior do Inter, prevê outro corte de mesma magnitude na reunião de dezembro. A expectativa de novos cortes pelo Fed tende a abrir espaço para que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie o processo de queda da Selic. A maioria das apostas aponta que o ciclo comece em janeiro de 2026.
Para Daniel Gewehr, estrategista-chefe de ações para Brasil e América Latina (LatAm) do Itaú BBA, esse cenário de queda dos juros deve atrair investidores estrangeiros para a B3 — apesar da saída de recursos internacionais observada em outubro, que somou R$ 3,282 bilhões até o fim da semana passada, o pior resultado em seis anos.
A temporada de balanços do terceiro trimestre segue no radar. Os números trimestrais da Hypera (HYPE3) serão divulgados após o fechamento dos mercados – veja o calendário de resultados do terceiro trimestre. No exterior, investidores acompanham balanços da UnitedHealth Group (UNH) e (VISA34).
Ibovespa hoje: os principais assuntos desta terça-feira (28)
Bolsas de NY fecham em alta atentas a acordo EUA-China
Após o otimismo com a perspectiva de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, que voltam a se reunir na quinta-feira, os índices de Nova York avançaram, enquanto as bolsas asiáticas fecharam em baixa, com possível realização de lucros.
Em visita ao Japão nesta terça-feira, Trump elogiou a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, a primeira mulher a ocupar o cargo no país. Os dois líderes assinaram acordos bilaterais, entre eles a criação de um fundo de US$ 550 bilhões para investimentos japoneses nos EUA e a manutenção de tarifas de 15% sobre produtos importados do Japão.
Já a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) assinaram uma versão ampliada de seu acordo de livre-comércio.
As Bolsas da Europa fecharam sem direção, depois de oscilarem entre ganhos e perdas modestos durante o pregão. Apesar disso, índices de Londres e Madri renovaram recordes, impulsionados por bancos, mineradoras e empresas do setor de energia. Depois de fechar a última sessão no maior patamar desde 2007, o Ibex 35 renovou nível inédito ao subir 0,54% em Madri, a 16.086,30 pontos, depois de bater máxima a 16.105,90 pontos durante a sessão
O que mais repercutiu no mercado brasileiro de ações hoje
Na cena fiscal, as medidas do governo voltadas à contenção de gastos serão retiradas do parecer do deputado federal Kiko Celeguim (PT-SP) sobre o projeto que trata da falsificação de bebidas alcoólicas e incorporadas ao relatório do deputado Juscelino Filho (União-MA), que analisa a criação do Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp).
O governo deve enviar ao Congresso os projetos para garantir as receitas antes previstas na Medida Provisória (MP) 1.303, que trazia alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após o retorno do presidente Lula.
Além disso, o governo brasileiro considera reduzir a tarifa de importação de etanol dos Estados Unidos, atualmente em 18%, em troca da retirada da sobretaxa imposta pelos americanos ao café e à carne brasileiros, segundo assessores do presidente.
Agenda econômica do dia
A véspera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) trouxe uma agenda enxuta no Ibovespa hoje. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu compromissos no Japão, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve chegar a Brasília esta noite, após passar sete dias em viagem à Ásia.
Ainda na agenda econômica hoje, o Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pode votar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 224/2019, que limita o comprometimento anual da receita dos municípios com o pagamento de dívidas à União.
O balanço da Hypera (HYPE3) será divulgado após o fechamento dos mercados – veja o calendário resultados do terceiro trimestre. No exterior, investidores acompanham balanços da UnitedHealth Group (UNH) e (VISA34).
Entre os indicadores, o o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) subiu 0,21% em outubro, repetindo a mesma variação de setembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula alta de 5,58% no ano e de 6,58% em 12 meses.
O Tesouro Nacional vendeu todas as 750 mil Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) ofertadas em leilão realizado nesta terça-feira. Foram colocados três vencimentos. O volume financeiro somou R$ 3,15 bilhões. O órgão também vendeu 713 mil Letras Financeiras do Tesouro (LFT) do lote de 900 mil títulos ofertados em leilão. Foram colocados dois vencimentos. O volume financeiro somou R$ 12,5 bilhões.
Esses e outros dados do dia ficaram no radar de investidores e impactaram as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
Nota da redação: O título e o texto desta matéria foram atualizados a partir de dados corrigidos pela B3. Foram 17 recordes, não 16, como informamos anteriormente.