O dólar hoje fechou novamente em queda, no menor nível desde o último dia 8. Nesta terça-feira (28), a moeda americana recuou 0,2% cotada a R$ 5,3597, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,3881 e mínima a R$ 5,3534. Já o índice DXY, que compara o dólar com seis divisas relevantes, cedeu 0,12% aos 98,667 pontos.
Os investidores ficam à espera de um novo corte de juros na quarta-feira (29) pelo Federal Reserve (Fed), apesar do “apagão” de dados nos Estados Unidos, devido à paralisação do governo americano. A perspectiva de um dólar globalmente enfraquecido e de aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA – dada a sinalização do Banco Central de que não haverá redução da taxa Selic neste ano – tende a dar suporte ao real.
Há também a expectativa positiva de que os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, cheguem a um acordo comercial, em encontro programado para quinta-feira (30), na Coreia do Sul. “O movimento de hoje refletiu um ambiente de menor aversão global e reforçou apostas na continuidade do ciclo de desvalorização do dólar”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
O dia foi de ganhos para o Ibovespa, que subiu 0,31%, aos 147.428,90 pontos, alcançando um novo recorde histórico de encerramento. “O ambiente de menor pressão tarifária e os avanços em acordos comerciais entre Brasil e Estados Unidos contribuem para um cenário mais favorável tanto à Bolsa quanto ao câmbio. Mantido esse contexto e sem grandes surpresas, o movimento positivo do Ibovespa deve continuar até o fim do ano, enquanto o dólar segue perdendo força frente ao real”, afirma Marcos Vinícius Oliveira, economista e analista sênior da ZIIN Investimentos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse na segunda-feira (27) que o governo americano concordou com uma cronograma de negociações para chegar a um acordo sobre o tarifaço aos produtos brasileiros. Uma nova rodada de negociações será feita, provavelmente, na próxima semana, com a viagem de ministros a Washington. Lula se dispôs a enviar Vieira, o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e até o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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