Após abrir em queda, o índice Dow Jones inverteu sinal e passou a subir no pregão desta quinta-feira (30). Os demais indicadores das bolsas de Nova York, porém, mantêm perdas desde o início da sessão.
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Após abrir em queda, o índice Dow Jones inverteu sinal e passou a subir no pregão desta quinta-feira (30). Os demais indicadores das bolsas de Nova York, porém, mantêm perdas desde o início da sessão.
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O movimento acontece após o presidente dos EUA, Donald Trump, dizer que concordou em reduzir as tarifas a produtos da China de 57% a 47%, na esteira de reunião com o homólogo chinês, Xi Jinping.
Também repercute a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de cortar juros pela segunda vez consecutiva, mas também alertar que uma terceira redução não está garantida para dezembro.
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Nesta quinta-feira, investidores ficam à espera de mais balanços de grandes empresas americanas, incluindo as “magníficas” Apple (AAPL34) e Amazon (AMZO34).
A agenda internacional traz como destaque a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que será seguida por uma coletiva de imprensa com a presidente do BCE, Christine Lagarde. Ainda, a vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michelle Bowman, cotada para chefiar o BC americano, participa de reunião da distrital de Kansas City sobre crescimento econômico e regulação.
O dólar hoje opera em alta ante moedas fortes. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) de mais longo prazo operam em alta, estendendo ganhos de ontem.
O presidente Donald Trump anunciou que vai reduzir as tarifas de importação sobre produtos chineses de 57% para 47%, após se reunir com o líder da China, Xi Jinping, em Busan, na Coreia do Sul.
Segundo Trump, a decisão resultou de um entendimento para conter as tensões comerciais e inclui promessas de Pequim de restringir o envio aos Estados Unidos de substâncias químicas usadas na produção de fentanil.
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O encontro, que durou pouco mais 1h40, marcou a primeira reunião direta entre os líderes desde a escalada tarifária iniciada neste ano. Trump vinha ameaçando um aumento de até 100% nas tarifas, mas afirmou a jornalistas a bordo do Air Force One que “não será necessário seguir com esse plano” após o diálogo com Xi.
O alívio nas tensões trouxe otimismo aos mercados globais, que reagiram positivamente à possibilidade de um acordo comercial mais amplo entre as duas maiores economias do mundo. Ainda assim, analistas ressaltam que os desafios estruturais permanecem, especialmente nas disputas por liderança tecnológica e industrial.
A China, por sua vez, vai ajustar as medidas adotadas em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos, informou nesta quinta-feira o Ministério do Comércio. A decisão faz parte de um conjunto de ações anunciadas após o encontro entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump em uma reunião presencial em Busan, na Coreia do Sul.
O governo chinês comunicou que suspenderá por um ano as medidas de controle de exportações implementadas em 9 de outubro, que incluíam restrições às terras-raras, e pausará contramedidas relacionadas às investigações da Seção 301. Também será interrompida a cobrança de taxas portuárias, em reciprocidade à decisão dos EUA de suspender uma investigação sobre o setor naval chinês.
O Federal Reserve reduziu novamente os juros em meio à paralisação do governo americano, em linha com as expectativas do mercado. No entanto, a autoridade monetária evitou sinalizar se pretende continuar com os cortes na reunião de dezembro. A postura cautelosa levou Wall Street a revisar suas projeções para as taxas, embora instituições como Morgan Stanley, Pimco, Capital Economics e ING mantenham a previsão de uma nova redução de 25 pontos-base na última reunião de 2025.
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Com a decisão desta quarta-feira, o Fed cortou os juros em 25 pontos-base, levando o intervalo-alvo para 3,75% a 4,00% ao ano. Essa é a segunda queda consecutiva no atual ciclo de flexibilização monetária do banco central americano.
“As perspectivas para o emprego e a inflação não mudaram muito desde nossa reunião em setembro. As condições no mercado de trabalho parecem estar esfriando gradualmente, e a inflação permanece um pouco elevada”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell, ao justificar a decisão de outubro, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira.
Às 13h18 (de Brasília), o Dow Jones subia 0,49%, o S&P 500 recuava 0,38% e o Nasdaq tinha queda de 0,78%. No mesmo horário, Meta tombava 12,5% e Microsoft recuava 2%. Com expectativa para a publicação dos resultados no fim da sessão de hoje, a Amazon perdia 1,77% e a Apple tinha alta de 0,89%, no horário mencionado. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – tinha alta de 0,35%, a 99,14 pontos.
*Com informações de Sergio Caldas e Isabella Pugliese Vellani, do Broadcast
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