A Rede D’Or (RDOR3) apresentou lucro 16% acima do esperado pelo Itaú BBA e desempenho operacional consistente, segundo a Ativa. (Imagem: Adobe Stock)
A Rede D’Or (RDOR3) apresentou um terceiro trimestre de 2025 considerado sólido por diferentes casas de análise, combinando crescimento de receita, melhora operacional e redução de sinistralidade. Para o Itaú BBA, o desempenho foi “consideravelmente melhor” que o esperado, com lucro líquido 16% acima das projeções. A Ativa, por sua vez, destacou que a companhia conseguiu compensar a alta dos custos com avanços consistentes na operação.
Segundo o Itaú BBA, o lucro da Rede D’Or foi impulsionado pela operação hospitalar, que registrou taxa de ocupação de 81,6% — alta de 3 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e acima da média histórica. A receita líquida hospitalar avançou 16% em um ano, superando em 3% a estimativa do banco, enquanto o Ebitda foi beneficiado por um efeito pontual de R$ 101 milhões ligado à reversão de provisões. Mesmo sem esse impacto, o indicador ficou 8% acima do previsto.
A Ativa reforça que o trimestre foi marcado por expansão de leitos, aumento no número de pacientes-dia, maior volume de cirurgias e infusões e elevação do tíquete médio. Esses fatores levaram a receita líquida consolidada a R$ 14,6 bilhões, crescimento anual de 10,4%, em linha com as expectativas da corretora. Os custos, porém, subiram 13,4% devido à abertura de novas unidades e à ampliação da oncologia — que passou a responder por 11,2% da receita bruta, com maior peso de medicamentos e materiais. Ainda assim, a margem bruta hospitalar ficou em 25,7%, e as despesas administrativas tiveram diluição de 1,1 ponto percentual.
Na avaliação do Itaú BBA, o braço de seguros também contribuiu positivamente: a SulAmérica adicionou 5 mil vidas na carteira de saúde (ex-ASO) e atingiu receita líquida de R$ 8,457 bilhões, alta de 11% em relação ao ano anterior. A sinistralidade consolidada recuou para 80,1%, melhor que a projeção de 80,8%, e o Ebitda da seguradora cresceu 58% em doze meses, para R$ 565 milhões.
O banco ainda ressaltou que, mesmo com aumento de 18% nas despesas gerais e administrativas — impulsionadas por provisões maiores para contingências —, o Ebitda consolidado da Rede D’Or ficou 8% acima das estimativas, e a dívida líquida teria recuado R$ 872 milhões, desconsiderando o pagamento de dividendos. O prazo médio de recebimento caiu para 115 dias, o que reforça, segundo a instituição, a geração de caixa robusta.
Para o Itaú BBA, a combinação de resultados fortes nos hospitais e na SulAmérica reforça o potencial de crescimento de lucros, melhora de margens e expansão da rentabilidade. A casa mantém recomendação outperform (compra), com preço-alvo de R$ 51, implicando potencial de alta de 16,5% em relação ao último fechamento.
A Ativa também recomenda compra, mas com preço-alvo de R$ 34, o que representa potencial de desvalorização de 22,3% considerando a cotação anterior — uma diferença que reflete abordagens distintas de avaliação e prazos de modelagem entre as instituições.
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