Entre as ações de maior peso para o índice, os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) encerraram no campo negativo: os ordinários (PETR3) cederam 0,96% e os preferenciais (PETR4), 0,8%. Os contratos futuros de petróleo também recuaram, pressionados por relatos de que a Ucrânia teria concordado com termos centrais de um possível acordo de paz com a Rússia.
A Vale (VALE3) fechou em alta de 0,78%, em dia positivo para o minério de ferro. Papéis de grandes bancos foram outros que se saíram bem. O Bradesco (BBDC3) subiu 0,87%, enquanto o Itaú (ITUB4) avançou 0,23%. Santander (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11), por outro lado, registraram ganhos de 1,51% e 1,13%, respectivamente. Banco do Brasil (BBAS3) terminou em valorização de 0,6%.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,91%, 1,43% e 0,67%, respectivamente. Uma bateria de dados foi monitorada. “O mercado aumentou a aposta de que o Federal Reserve (Fed) fará um corte de juros em dezembro, sustentando o humor positivo lá fora”, avalia Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,3% em setembro ante agosto, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta terça-feira. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,3%.
Já as vendas no varejo dos EUA os cresceram 0,2% em setembro ante agosto, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Comércio. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3% das vendas.
Por sua vez, o índice de confiança do consumidor no país, elaborado pelo Conference Board, caiu para 88,7 em novembro, ante 95,5 em outubro. O resultado veio bem abaixo da expectativa de queda a 92,9.
No mercado de câmbio local, o dólar hoje fechou em baixa de 0,34% a R$ 5,3767. “A combinação de sinais de desaquecimento econômico nos EUA e a perspectiva de juros menores retirou prêmio da divisa norte-americana beneficiando o real no pregão de hoje”, explica Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Usiminas (USIM5), C&A (CEAB3) e Magazine Luiza (MGLU3).
Usiminas (USIM5): 6,43%, R$ 5,46
As ações da Usiminas (USIM5) registraram a maior alta do Ibovespa hoje e subiram 6,43% a R$ 5,46. O minério de ferro avançou 0,69% em Cingapura, cotado a US$ 105,75 por tonelada para o contrato futuro de dezembro de 2025. Já o minério negociado na Bolsa de Dalian, na China, para entrega em janeiro de 2026, teve alta de 0,51%, a 794 yuans, o que equivale a US$ 111,79 a tonelada.
A USIM5 está em baixa de 3,7% no mês. No ano, acumula uma valorização de 2,63%.
C&A (CEAB3): 3,64%, R$ 18,24
Outro destaque positivo foi a C&A (CEAB3), que encerrou o pregão com ganhos de 3,64% cotada a R$ 18,24, em dia de alívio no mercado de juros.
A CEAB3 está em alta de 12,25% no mês. No ano, acumula uma valorização de 135,96%.
Magazine Luiza (MGLU3): 3,64%, R$ 10,26
Quem também encerrou no azul foi o Magazine Luiza (MGLU3), que subiu 3,64% a R$ 10,26.
A MGLU3 está em alta de 21,13% no mês. No ano, acumula uma valorização de 62,6%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), MBRF (MBRF3) e Prio (PRIO3).
Braskem (BRKM5): -3,72%, R$ 7,76
As ações da Braskem (BRKM5) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje e tombaram 3,72% a R$ 7,76, em movimento de realização, depois de acumular ganhos em novembro.
A BRKM5 está em alta de 14,79% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 32,99%.
MBRF (MBRF3): -3,27%, R$ 20,12
Entre as baixas do dia, os papéis da MBRF (MBRF3) cederam 3,27% a R$ 20,12, pressionada pela notícia de que o governo chinês prorrogou novamente por dois meses o prazo de sua investigação sobre importações de carne bovina, iniciada no fim de 2024. O prazo foi ampliado para até 26 de janeiro de 2026, em virtude da “complexidade do caso”. A decisão é do Ministério do Comércio da China e foi divulgada em comunicado nesta terça-feira.
A MBRF3 está em alta de 12,59% no mês. No ano, acumula uma valorização de 32,11%.
Prio (PRIO3): -2,65%, R$ 37,52
Na lista de destaques negativos do Ibovespa hoje, os ativos da Prio (PRIO3) foram outros que se saíram mal e caíram 2,65% a R$ 37,52, em dia de desvalorização dos contratos futuros de petróleo.
A PRIO3 está em alta de 4,14% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,55%.
*Com Estadão Conteúdo