O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin ganhou fôlego nos últimos dias com a renovação das apostas sobre o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. Ainda assim, o ativo digital não conseguiu voltar a ser negociado acima dos US$ 90 mil. Às 8h30 (de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado estava sendo negociada a US$ 86,8 mil, segundo dados da CoinMarketCap. A cotação representa uma valorização de 7% em comparação à mínima de US$ 81 mil, registrada na última sexta-feira (21).
O fôlego curto reflete a avaliação dos investidores com os recentes dados econômicos dos Estados Unidos que vieram abaixo das expectativas e reacenderam as apostas de continuidade do corte de juros em 2025.
Na terça-feira (25), o Census Bureau do Departamento de Comércio dos EUA divulgou que as vendas varejistas tiveram alta de 0,2% em setembro. O resultado superou as expectativas dos economistas consultados pela agência Reuters que previam que um avanço de 0,4%. Já o índice de confiança do consumidor americano, divulgado pelo Conference Board, caiu de 95,5 em outubro para 88,7 em novembro.
“A expectativa de curto prazo para o Bitcoin é moderadamente positiva. A expectativa de corte de juros pelo Fed, o que reduz o custo de oportunidade da renda fixa, e o clima geral de risco mais favorável tendem a favorecer ativos alternativos, como cripto”, diz André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research.
O leve otimismo também reflete a reações a relatos de que o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, seria o favorito para assumir a presidência do BC americano. Segundo informações da Bloomberg, Hassett é visto como alguém que levaria ao Fed a abordagem de Trump em favor de cortes de juros – algo que o presidente há muito deseja influenciar.