(Estadão Conteúdo) – O petróleo encerrou esta sexta-feira em alta, em dia marcado pela volatilidade nos contratos futuros da commodity energética em meio ao relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, de abril. O óleo acentuou quedas nos minutos seguintes à divulgação dos números, bem abaixo das expectativas de analistas, mas retomou o avanço visto no começo da sessão diante da queda do dólar. Investidores ficaram atentos também aos dados da balança comercial da China.
O barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho fechou em alta diária de 0,29% (+US$ 0,19), e semanal de 2,08%, a US$ 64,90, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para julho avançou 0,28% hoje (+US$ 0,19) e 2,28% na semana, a US$ 68,28 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
De início, o payroll fraco repercutiu negativamente sobre os contratos de petróleo, mas o movimento não se sustentou à medida que o dado de emprego provocou também uma queda do dólar ante moedas rivais, favorecendo a commodity, que é cotada na divisa americana.
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Investidores ainda apostaram na recuperação da demanda pelo óleo diante de dados acima do esperado na China e na Alemanha. Enquanto o gigante asiático, um dos maiores compradores de petróleo, registrou alta anual de 43,1% nas importações em abril, o país europeu viu um crescimento de 2,5% na produção industrial de março ante fevereiro.
O Commerzbank aponta, no entanto, que houve uma desaceleração nas importações de petróleo na China, refletindo a alta nos preços da commodity no mês passado. Ainda assim, o banco alemão prevê um cenário positivo no segundo semestre, com a provável recuperação da demanda global e se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se manter “disciplinada” em sua oferta. Nesse contexto, o Commerzbank decidiu revisar para cima a sua projeção para o preço do Brent, para US$ 70 no fim deste ano, e US$ 75 no término de 2022.
Há, porém, riscos à recuperação da demanda, ressalta o banco, em especial se a pandemia de coronavírus durar além do esperado. Ontem, a Índia, terceiro maior importador de petróleo, renovou mais uma vez o seu recorde diário de casos e mortes por covid-19. Há ainda preocupações de que uma variante local do vírus se espalhe globalmente.
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