O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
OIbovespa futuro avança 0,50%, aos 161 mil pontos, nesta quinta-feira (18). As atenções do mercado estão na divulgação do Relatório de Política Monetária (RPM). Lá fora, sai o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que pode ajustar as expectativas sobre o ritmo de flexibilização monetária.
Especialistas avaliam que a medida pode afetar investimentos já planejados, além de ameaçar o equilíbrio econômico-financeiro de contratos públicos e a sobrevivência de algumas empresas.
O mercado local ainda repercute o RPM do quarto trimestre de 2025, divulgado nesta manhã. O Banco Central informou que espera a queda da inflação acumulada em 12 meses para o centro da meta, de 3%, no primeiro trimestre de 2028 — é a primeira vez que as projeções da autoridade monetária indicam convergência da inflação para o centro da meta no horizonte relevante.
“O discurso do BC não mudou muito, temos uma avaliação de que o Banco Central segue cauteloso mas há espaço para iniciar o processo de corte de juros a partir de março do ano que vem”, avalia o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, em comentário matinal a clientes e à imprensa.
No exterior, os futuros de Wall Street operam em alta antes da divulgação do CPI de novembro nos EUA, que deve deve subir 0,30% na margem e acelerar para 3,1% na comparação interanual, refletindo o impacto das tarifas sobre bens.
Em discurso à nação, o presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu as tarifas e afirmou que anunciará em breve o nome do futuro comandante do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), sinalizando preferência por alguém favorável a juros mais baixos.
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No câmbio, o dólar hoje avança ante principais pares antes do mercado ter seu direcional ditado por dados de inflação nos EUA. Em relação ao real, a moeda americana recua 0,23%, a R$ 5,51 na venda.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Cícero Cotrim, Célia Froufe, Marianna Gualter, Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast