Após reação inicial positiva ao CPI dos Estados Unidos, bitcoin devolve ganhos, recua e retorna à região dos US$ 85 mil com Fed no radar.
O bitcoin operou em queda nesta quinta-feira (18), após leitura benigna da inflação ao consumidor dos Estados Unidos deixar inalteradas expectativas do mercado por manutenção dos juros na próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA.
Às 17h30 (em Brasília), o bitcoin caía 0,79%, a US$ 84.871,00 e o ethereum perdia 0,18%, a US$ 2.791,44, de acordo com a plataforma Coinbase.
A moeda digital avançava durante a manhã, chegando a se aproximar do preço de US$ 90 mil, mas passou a cair pela tarde e voltou a operar próximo da faixa de US$ 85 mil. O FxPro afirma, contudo, que é “difícil para o mercado encontrar motivos para cair” abaixo desse nível, destacando também que a moeda está sendo negociada “significativamente” acima das mínimas de US$ 80 mil, observadas no fim de novembro.
O Glassnode, porém, afirma que a variação entre as duas faixas de preço destaca um “persistente excesso de oferta”, que limita a recuperação juntamente com a queda da demanda.
No cenário macro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano abaixo do previsto não alterou expectativas de manutenção das taxas do Fed. Para o banco ING, o dado ainda abre “espaço” para mais reduções nos juros, mas há um certo “ceticismo” em relação aos impactos da paralisação do governo dos Estados Unidos.
Ainda, a Coinbase anunciou a entrada nos mercados de previsão, em parceria com a Kalshi. Além disso, a empresa vai passar a oferecer a negociação de ações em sua plataforma, por meio do uso da stablecoin USDC. No radar, um relatório da Chainalysis apontou que hackers da Coreia do Norte roubaram cerca de US$ 2 bilhões em criptomoedas em 2025, um valor recorde que eleva o total para US$ 6,75 bilhões.