A agenda desta segunda-feira traz vendas pendentes de imóveis nos Estados Unidos, enquanto o presidente americano, Donald Trump, encontra-se com atual primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Flórida.
As vendas pendentes de imóveis subiram 3,3% em novembro ante outubro, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Corretores (NAR, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que projetavam avanço de 1,8%.
O mercado também pondera a possível distensão entre Rússia e Ucrânia, após o encontro dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em baixa nesta segunda-feira. No câmbio, o dólar hoje opera perto da estabilidade em relação a uma cesta de moedas relevantes na madrugada desta segunda-feira, na ausência de novos catalisadores
Às 12h30 (de Brasília), o índice Dow Jones cedia 0,40%, o S&P 500 tinha queda de 0,32% – pressionado pelo setor de tecnologia (-0,92%) – e o Nasdaq recuava 0,48%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – tinha queda marginal de 0,04%, a 98,02 pontos.
Entre ações individuais, no setor de semicondutores e tecnologia, as ações da Nvidia (NVDC34) cediam 2,30%, as da AMD perdiam 2,36%, as da Micron Technology recuavam 1,48% e as da Tesla (TSLA34) caíam 2,15%. Dentre as empresas de defesa, os papéis da Lockheed Martin e da RTX subiam 0,3% e 0,1%, respectivamente. A DigitalBridge saltava 9,73%, diante do acordo com o SoftBank Group.
Dow Jones hoje: os destaques do mercado de ações nesta segunda-feira (29)
Trump vê proximidade do acordo de paz entre Rússia e Ucrânia
O presidente Donald Trump afirmou ontem (28), após reunião presencial com o ucraniano Volodymyr Zelensky, que talvez, em algumas semanas, o acordo de paz entre Rússia e Ucrânia seja alcançado. “Se demorar muito mais do que algumas semanas, não vai acontecer e seria uma pena”, ponderou.
O republicano enfatizou diversas vezes que não quer dizer um prazo específico para o acordo, apesar de repetir que acredita que “em algumas semanas” seja possível alcançá-lo. “Mas também pode dar errado, é possível que o acordo não aconteça, talvez um item possa ser um obstáculo, em uma negociação difícil, muito detalhada”, comentou.
Em outro trecho da coletiva, Trump mencionou que “entre as coisas mais espinhosas para um acordo, está o território que foi tomado”, em referência a Donbass, área ocupada pela Rússia e que, contudo, segundo a Constituição pertenceria à Ucrânia.
Ainda assim, o presidente dos EUA mencionou que as nações estão bem próximas de um acordo de paz. “Tivemos discussões sobre todos os assuntos, e isso inclui o presidente [russo, Vladimir] Putin”, disse, mencionando conversa com Putin que durou mais de duas horas.
China avalia redução de tarifas de importação em 2026
A China aplicará tarifas provisórias de importação abaixo do nível de nação mais favorecida para 935 produtos a partir de 1º de janeiro de 2026, em uma tentativa de ampliar a oferta de bens de alta qualidade no mercado interno, informou a agência estatal chinesa Xinhua nesta segunda-feira.
Importações que fortaleçam a autossuficiência tecnológica do país, apoiem a transição para uma economia mais verde e melhorem o bem-estar da população terão tarifas reduzidas, afirmou a Xinhua, citando decisão da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado. Entre os produtos contemplados estão materiais avançados, recursos verdes e bens médicos, como itens usados em manufatura de ponta, baterias de íon-lítio e equipamentos de saúde.
A comissão também determinou o fim das tarifas provisórias sobre itens como micromotores, máquinas de impressão e ácido sulfúrico, retomando as alíquotas de nação mais favorecida, acrescentou a Xinhua.
*Com informações de Sergio Caldas, Isabella Pugliese Vellani e Caroline Aragaki, da Broadcast