Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, impulsionados pela desvalorização do dólar ante a maioria das moedas, que torna os preços da commodity mais atraentes. Além disso, o movimento ocorre após a forte queda do barril ontem, de mais de 3%, seguindo a restauração das operações do oleoduto da Colonial Pipeline nos Estados Unidos. O mercado observa ainda as perspectivas para oferta e demanda nos próximos meses, diante do persistente avanço do coronavírus em importantes mercados.
O barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho fechou em alta diária de 2,43% (+US$ 1,55), e semanal de 0,72%, a US$ 65,37, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para julho avançou 2,48% hoje (+US$ 1,66) e 0,8% na semana, a US$ 68,71 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
“O rali de dois dias do dólar terminou depois que os temores de inflação arrefeceram”, explicou o Western Union. A desvalorização da moeda americana ainda refletiu o avanço do euro, impulsionado por indicadores econômicos positivos da região. O movimento tornou o petróleo, que é cotado em dólar, mais barato para detentores de outras divisas.
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Hoje, o presidente da distrital de Dallas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Robert Kaplan projetou que a indústria de energia dos EUA deixará de operar com estoques excessivos de petróleo apenas entre o fim de 2021 e o início de 2022. A questão é alvo de grande interesse do mercado nesta semana, após uma série de publicações de relatórios de organizações do setor tendo em vista o cenário nos próximos meses.
A Capital Economics, por sua vez, acredita que os preços da maioria das commodities cairá novamente no final deste ano e em 2022. “A economia da China provavelmente perderá o ímpeto, enquanto a oferta global de petróleo provavelmente aumentará”, avalia a consultoria (veja mais sobre perspectivas para o petróleo na especial publicada ontem às 10h57).
A Baker Hughes informou há pouco que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA avançou 8 na última semana, a 352.