- Há três títulos de CDB: o prefixado, pós-fixado e híbrido
- Para investir em CDB, pode-se procurar diretamente uma instituição bancária ou realizar a compra dos títulos por meio de uma corretora de investimentos
- O CDB costuma ser a escolha de quem está começando a compor a carteira de investimentos ou preza por segurança
(Mellanie Novais, especial para o E-Investidor) – O CDB é um investimento conservador e que costuma ser uma opção para quem está começando a compor a carteira ou reserva de segurança.
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Entenda melhor o que é esse título, quais são os seus tipos, como começar a investir e as vantagens dessa aplicação.
O que é CDB?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) corresponde a um título de renda fixa. Trata-se de uma aplicação oferecida pelas instituições bancárias no Brasil a fim de captar fundos para a própria operação.
É considerado um investimento conservador e que apresenta rendimentos superiores aos da poupança, embora seja difícil definir exatamente quanto. Isso porque os bancos podem oferecer taxas de juros diferentes para cada título e condições específicas de prazos de vencimento, período de carência ou montante mínimo.
Quais são os tipos de CDB?
Há três tipos de títulos de CDB, que se distinguem em várias particularidades, como taxa, prazo, liquidez, risco, entre outras. Entenda melhor sobre cada um deles:
1 – CDB prefixado
Como o nome sugere, um CDB prefixado é aquele que tem sua rentabilidade atrelada a uma taxa fixa. Dessa forma, ao adquirir o título, já é possível saber exatamente qual será o rendimento no dia do vencimento.
2 – CDB pós-fixado
O CBD pós-fixado tem o rendimento em função de alguma taxa de juros do mercado. Dessa forma, não é um investimento com 100% de estabilidade, uma vez que está sujeito às variações de um determinado índice ao longo do período da aplicação.
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Essa taxa costuma ser atrelada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), um índice de juros usado nos empréstimos entre diferentes bancos. Uma das características do CDI é ter o valor próximo da taxa Selic (taxa básica de juros da economia).
Basicamente, quando um título de CDB indica “retorno de 100% do CDI” ou “rende 100% do CDI”, ele deve pagar uma rentabilidade de juros basicamente igual à variação da Selic — com os aumentos recentes dessa taxa, tais investimentos se tornaram mais rentáveis.
3 – CDB híbrido
Um investimento híbrido é composto de uma “junção” do CDB pós e prefixado. Dessa forma, uma parte da sua rentabilidade fica condicionada a um indexador e a outra está sujeita a uma taxa de juros fixa.
Assim, o investimento garante um pouco mais de estabilidade do que o CDB pós-fixado e de potencial com mais rentabilidade do que o prefixado.
Como funciona o investimento em CDB?
Quando se investe em CDB, o que ocorre, basicamente, é um empréstimo de dinheiro à instituição bancária. Essa captação é feita pelos bancos a fim de financiar as próprias atividades, como projetos de crescimento ou pagamento de dívidas.
Desse modo, o investidor deixa o dinheiro aplicado para uso do banco e, no dia do vencimento (determinado na hora da compra do título), recebe de volta o valor aplicado acrescido da taxa atrelada ao investimento.
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Alguns impostos incidem sobre o valor investido. Caso o investidor aplique o seu dinheiro em CDB e decida, por exemplo, retirar em menos de 30 dias, deverá pagar o imposto IOF relativo ao valor — taxa que pode chegar a 96% para um dia de aplicação. Então, vale atentar-se para manter o dinheiro investido até o vencimento.
Como investir em CDB?
Para investir em CDB, pode-se procurar diretamente uma instituição bancária ou realizar a compra dos títulos por meio de uma corretora de investimentos.
Antes de fazer a aplicação é importante definir um objetivo de ganho com o valor aportado e um prazo (longo ou curto). Isso ajudará a escolher o tipo de título adequado e a data de vencimento compatível com os objetivos desejados.
Além disso, é também preciso observar se o banco que foi escolhido, ou a corretora, exige um valor mínimo de investimento nessa modalidade. Em algumas instituições esse montante pode chegar a R$500, enquanto outras não exigem piso.
Como as instituições podem atrelar o CDB a diferentes taxas, além da possibilidade de aplicarem taxa de administração, é importante fazer um estudo de qual é o investimento mais rentável para o objetivo estipulado.
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Outro ponto de atenção para quem vai começar a investir em CDB é que a maior rentabilidade costuma estar atrelada a investimentos mínimos maiores. Isso significa que, quanto maior o investimento inicial, maior costuma ser o retorno financeiro.
Um ponto importante — principalmente para os investidores mais conservadores — é não permitir que o investimento no CDB ultrapasse os R$ 250 mil. Isso porque esse é o valor máximo coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Dessa forma, caso a instituição escolhida para aplicação não possa arcar com seus débitos, o investidor recebe o dinheiro de volta até esse limite.
Quais são as vantagens de investir em CDB?
O CDB costuma ser a escolha de quem está começando a compor a carteira de investimentos ou preza por segurança.
Uma de suas principais vantagens é a rentabilidade maior do que a poupança (podendo chegar até o dobro do rendimento) e com segurança parecida, principalmente se a opção for renda fixa. A segurança também está atrelada à garantia de até R$ 250 mil oferecida pelo FGC.
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Por fim, outras vantagens são a facilidade de investir direto pela internet e a possibilidade de escolher um título de CDB de liquidez diária. Neste caso, pode-se sacar o dinheiro a qualquer momento e não perder o rendimento do período nem o dinheiro com os impostos.
Quais são os riscos e desvantagens de investir em CDB?
Não há grandes riscos de investir em CDB, pois é um tipo de aplicação conservadora e que também dá a possibilidade de renda fixa ao investidor. Quanto às desvantagens, pode-se citar o fato de que a tributação do imposto de renda é feita imediatamente no momento da retirada da aplicação — apesar de que o retorno costuma compensar essa alíquota.
Outra desvantagem do CDB pode ser o vencimento do título: normalmente, os prazos variam entre três meses e cinco anos (exceto para título de liquidez diária), com prazo de carência (período que o valor não pode ser resgatado) e alta tributação do IOF em caso de retirada antes da aplicação completar 30 dias.
Quanto rende o investimento em CDB?
O investimento CDB rende de acordo com o tipo de título escolhido: pós-fixado, prefixado ou híbrido. É também possível escolher uma aplicação de liquidez diária, especialmente para objetivos a curto prazo ou reservas de emergência.
Alguns fatores que influenciam um maior rendimento do CDB são:
- menor liquidez: quanto mais tempo deixa-se o dinheiro, mais a instituição está disposta a pagar de tributação por esse “empréstimo”;
- maior valor mínimo: quanto maior o investimento inicial, maior a rentabilidade;
- vencimento: prazos de vencimento mais longos tendem a ter um maior retorno financeiro, considerando que a instituição fica sob posse do capital por um período maior;
- porte da instituição: bancos e corretoras menores costumam oferecer taxas de juros mais atrativas ao investidor que opta pelo CDB.