(Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de cobre fecharam em alta, nesta quinta-feira, em meio ao enfraquecimento do dólar no mercado internacional e a riscos no lado da oferta, particularmente a ameaça de greve em uma mina no Chile.
O cobre com entrega prevista para setembro avançou 0,36%, a US$ 4,3480 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Já na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 1,15%, a US$ 9.480,00 a tonelada, por volta das 14h00 (de Brasília).
Ontem, o sindicato de trabalhadores na mina chilena de Escondida, a maior do mundo, rejeitou uma proposta de acordo salarial da BHP. Segundo a Capital Economics, os funcionários devem decidir no final de semana se entram em greve, o que pode restringir a oferta global de cobre e, dessa forma, impulsionar as cotações.
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“Se eles forem em frente com a greve, isso representaria um risco para a recuperação da produção de cobre na América Latina”, explica a consultoria.
O tom fraco do dólar ante rivais também contribuiu para manter o metal básico no azul hoje, ao torná-lo mais barato e, assim, mais atraente. A moeda americana ficou pressionada sobretudo por conta do fortalecimento da libra, após a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE).
Os ganhos do cobre foram limitados pelas preocupações a respeito de um novo surto de coronavírus na China. Para analistas do banco de investimentos Jefferies, o quadro pode reduzir a demanda do país asiático por commodities, à medida que a produção industrial desacelera. No entanto, de acordo com a instituição, o consumo global deve continuar crescendo enquanto as vacinas seguirem eficazes.
Entre outros metais negociados no pregão eletrônico da LME no mesmo horário, a tonelada do zinco subia 1,55%, a US$ 3.019,00, a do estanho ganhava 0,38%, a US$ 34.760,00, a do níquel tinha alta de 1,00%, a US$ 19.435,00, a do chumbo recuava 1,30%, a US$ 2.349,00, e a do alumínio se elevava 0,91%, a US$ 2.589,50.
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