- A previdência privada é um planejamento financeiro pensado para o futuro, sendo destinada à aposentadoria, estudo dos filhos, compra de imóveis, períodos sabáticos, entre outros
- No Brasil, ter uma previdência privada é um bom caminho frente à incerteza envolvendo o valor e o direito à aposentadoria pelo Governo, a chamada previdência social
- Um planejamento pronto pode ser a opção mais fácil quando não se tem o conhecimento para diversificar aplicações ou o controle para poupar dinheiro para uma previdência privada
(Por Talita dos Santos de Souza, especial para o E-Investidor) – A previdência privada é um planejamento financeiro pensado para o futuro. Geralmente, o objetivo final é complementar — ou formar — a aposentadoria, mas também pode ser destinada a investimentos no estudo dos filhos, compra de imóveis, períodos sabáticos, entre outros.
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De qualquer forma, quanto antes o planejamento da previdência privada for feito, maiores são as chances de se encontrar oportunidades e rendimentos bons.
Como funciona a previdência no Brasil?
No Brasil, ter uma previdência privada é um bom caminho frente à incerteza envolvendo o valor e o direito à aposentadoria pelo Governo, a chamada previdência social. Isso porque, como ela é pública, depende de alterações e tomadas de decisões por parte do Executivo.
Qualquer cidadão que contribui durante sua vida e com um registro de trabalho (seja dedicado a uma empresa, seja pessoa física) vai ter direito à aposentadoria após uma quantidade de anos determinada. A contribuição durante esse período abrange, obrigatoriamente, de 8% a 11% do salário.
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O mesmo acontece para trabalhadores considerados inaptos para suas atividades por conta de acidentes e deficiências, por exemplo. O valor recebido, no entanto, varia em cada situação e pode não ser o suficiente para garantir o bem-estar necessário.
Qual a diferença entre previdência fechada e aberta?
Quando uma organização sem fins lucrativos é responsável por arrecadar e projetar os investimentos de seus contribuintes, trata-se de uma previdência fechada. Nessa modalidade, podem ser inclusas empresas ou instituições públicas.
Já a previdência aberta (aquela feita pelo próprio signatário) é dividida entre dois modelos: Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL).
Na VGBL, contribuições mensais são feitas para garantir uma quantia final, que é dada pela soma das aplicações e dos juros sobre elas em uma data determinada.
Já na PGBL, é realizado um acréscimo à renda recebida pela aposentadoria social, e as contribuições podem ser deduzidas do imposto de renda, contanto que não ultrapassem 12% da renda bruta anual.
Como investir em previdência privada?
Quando não se tem o conhecimento para diversificar aplicações ou o controle para poupar dinheiro para uma previdência privada, um planejamento pronto pode ser a opção mais fácil.
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É importante, no entanto, conhecer todos os detalhes envolvidos para não assinar um contrato que restrinja a liberdade na movimentação do dinheiro ou assuma taxas abusivas.
Mudar de instituição financeira não pode impedir a transferência do plano de previdência. Caso seu titular faleça, a conta deve ser transferida a seus beneficiários, geralmente familiares mais próximos.
Quando não aportar na previdência privada
Impostos associados à previdência são o principal fator para que ela seja vista como desvantajosa. Isso porque eles afetam diretamente a rentabilidade final.
A falta de mobilidade frente a outros tipos de investimento é outro ponto negativo. Em alguns casos, retirar o dinheiro da previdência antes do prazo pode significar prejuízo, enquanto mantê-lo representa assumir o risco de uma instituição que pode falir.
Já que esses são os principais pontos que desestimulam a busca pela previdência privada, vale entender do que se tratam as taxas aplicadas aos planos.
Quais as taxas aplicadas na previdência privada?
Existem duas principais cobranças na previdência privada: a administrativa, que, como sugere o nome, é cobrada pelo gerenciamento do investimento, e a de carregamento, que incide sobre cada um dos aportes feitos na conta.
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Além das taxas da previdência privada, é preciso estar atento à tributação que incide sobre os planos de previdência, seja PGBL, seja VGBL. O valor da tributação pode ser dado regressiva ou progressivamente. No primeiro caso, as alíquotas diminuem conforme o tempo de aplicação se passa; no segundo, acontece o contrário: as porcentagens sobem conforme o montante investido aumenta, pois são incididas sobre esse valor.
Quais são os planos de previdência privada existentes?
Quem não tem conhecimento sobre planos de previdência e começa a se interessar pelo assunto pode se deparar com os modelos mais comuns: aqueles oferecidos por bancos e seguradoras.
Em sua maioria, essas previdências privadas funcionam de forma automática: mensalmente, um valor é investido, juros são aplicados e, ao final do período, um determinado valor é devolvido.
Com base nas taxas de juros do mercado e em alguns dados, como a expectativa econômica do País, é possível calcular o tempo e o valor de investimento para chegar ao montante final escolhido. Não há certeza total nessa expectativa, já que existem algumas variáveis, como valorização da moeda, inflação e mudanças na legislação. Porém, de qualquer forma, ela permite uma perspectiva de futuro.
Esses planos oferecem a comodidade de investir automaticamente direto da conta corrente. Contudo, a rentabilidade oferecida pode não ser a melhor opção ao longo de anos, e as taxas cobradas para realização do serviço podem afetar seu custo-benefício. Dúvidas sobre todo o processo podem ser tiradas em simuladores disponíveis diretamente nas instituições que oferecem o serviço.
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Para ter segurança do investimento, mesmo que a instituição escolhida venha a falir, é preciso atentar-se ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Também aplicado a investimentos de renda fixa, esse selo garante que os títulos emitidos serão cobertos em um valor de até R$ 250 mil.
Quais são os melhores investimentos para aposentadoria?
Se a escolha for deixar a previdência, mas ainda existe uma preocupação com o futuro em termos de estabilidade financeira, existem algumas possibilidades.
Encontrar uma corretora em que seja possível diversificar investimentos é uma das soluções encontradas. Além disso, é possível apostar em investimentos de renda fixa para resgatar em um período escolhido.
Investimentos de longo prazo, que só podem ser resgatados após o vencimento, podem não ser a melhor opção para quem deseja ter liberdade sobre o próprio dinheiro. Nesse caso, uma saída é variar as aplicações que podem, inclusive, gerar mais rentabilidade.
Aplicações em Renda Fixa – na qual se enquadram CDB, Tesouro Direto, LCI e LCA – são escolhidas por quem busca segurança e comodidade. Investidores com mais experiência podem optar pela compra e venda de ações na bolsa de valores que, por sua vez, demandam mais atenção e mudanças de estratégias frequentes.
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