O BTG Pactual vê com bons olhos a aquisição de 59% do Grupo HB Saúde pela Hapvida, dando fim à disputa da companhia com a SulAmérica pela compra. O banco destaca que essa foi a primeira transação significativa desde o recente follow-on e classifica o movimento como altamente sinérgico e estratégico.
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O relatório pontua que o grupo HB Saúde (HB) é uma operadora integrada verticalmente em São Paulo com 129 mil de vidas, enquanto a Hapvida tem um grande hub na região, 110 mil vidas, após a compra de São Francisco há dois anos. “Consideramos este movimento altamente sinérgico ao explorar sua infraestrutura verticalmente integrada na região e estratégico, pois ‘neutraliza’ um importante concorrente regional concorrente. Essas vantagens justificam a avaliação relativamente mais esticada”, avaliam os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima.
A equipe do BTG considera que a aquisição reforça que a agenda de consolidação do setor está mais viva do que nunca, mesmo com a Hapvida e a Notre Dame Intermédica ainda detendo apenas 18% do mercado de seguro saúde no Brasil.
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O relatório complementa que apesar do lance da Hapvida pelo HB Saúde ser mais competitivo, o mercado não estava considerando a transação como um negócio fechado, já que o grupo tem centenas de parceiros. Ou seja, a diferença de valor, em termos absolutos, não era tão grande, então o relacionamento com o comprador e a percepção da qualidade também importavam.
Diante desse cenário, o banco reitera a recomendação de compra para os papéis da Hapvida, com preço-alvo de R$ 19, representando um potencial de alta de 27,60% em relação ao fechamento de ontem.