Quando comentava na semana passada sobre as eleições americanas em uma roda de amigos, alguns me olhavam com uma cara sem entender porque estava preocupado quem seria o novo presidente dos Estados Unidos. Parece que a globalização simplesmente não existe e um mundo interconectado é simplesmente utópico.
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Por outro lado, hoje, neste exato momento, acabo de sair de um restaurante em que um seguidor do canal, chamado Renato, me reconheceu e fez questão de pagar a conta como forma de agradecimento. Fui até a mesa dele entender o que havia acontecido e ele me disse que o hedge, que eu tanto falei no canal em 2019 salvou a vida financeira dele. A rentabilidade dos investimentos em dólar da carteira dele dispararam e ele acredita que foi graças a mim.
Dólar vai continuar subindo?
Errado. Se tem uma coisa que os economistas erram quase sempre é se o dólar vai subir ou se o dólar vai cair. Imagina eu, um simples mortal. Não teria como saber em 2019, com as melhores perspectivas possíveis para a economia brasileira, que haveria uma pandemia e que moeda americana chegaria perto de R$ 6. Mas ano passado já era possível saber que precisamos ter investimentos que se valorizam quando outros entram em colapso como no caso do dólar, ouro ou da bolsa de valores americana.
O que é hedge?
O hedge, que significa proteção em inglês, é justamente para proteger a nossa carteira de investimentos contra fatos futuros desconhecidos. É importante estarmos atentos se Trump ou Biden tem mais chances de ganhar a eleição? Com certeza. É importante saber o que acontece em Brasília para compreender para que lado vai a economia brasileira? Com certeza. Entretanto, se não temos nenhum controle sobre eventos futuros prováveis, quanto mais dos improváveis.
A importância da diversificação nos investimentos:
É essencial entender que precisamos ter uma carteira sólida, diversificada e embasada no método MR2, que busca mais rentabilidade com o menor risco possível. O equilíbrio destes dois itens deixa a sua carteira blindada.
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O acompanhamento de cenários, como as eleições americanas, por exemplo, serve apenas para fazer rebalanceamentos, ou seja, ajustes pontuais. Quem muda os investimentos quase por completo a cada fato novo é o investidor que não tem estratégia. Este perfil corre para a criptomoeda, depois vai para o ouro e as vezes volta para o Ibovespa. Está sempre chegando quando o bonde já passou. A propósito, o dólar a quase R$ 5,80 não está caro?
Caro ou barato é uma questão de perspectiva:
Devolvo com outra afirmação: “Mas o dólar quando custava R$ 1,60, R$ 2,40, R$ 3,20, R$ 4 ou R$ 5, todos falavam que estava caro”. O caro ou barato é uma simples questão de perspectiva. Quem tem estratégia não tenta acerta o melhor momento de fazer hedge. O melhor momento sempre é o agora.
Assista ao vídeo exclusivo sobre o impacto das eleições dos EUA aos investimentos:
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